Tempos difíceis esses que vivemos. Está tudo muito complicado, meio sem sentido, tudo corrido, passando rápido.
Mal temos tempo de parar e olhar para nós mesmos, para o que temos conosco, para sermos gratos por quem caminha junto. Mal temos tempo de refletir sobre o tipo de sentimentos que estamos doando e recebendo. Mas isso importa muito.
Tem que ser um exercício diário a análise da própria vida, balanceando prós e contras, o que está ou não dando certo, o tanto de felicidade que nos rodeia, bem como os vazios que insistimos em carregar inutilmente.
É extremamente importante a conscientização de que sentimento estacionado acaba emperrando tudo lá fora. Ninguém consegue leveza quando o emocional se enche de pendências e arestas.
E, muitas vezes, esse carregamento emocional nocivo vem de um processo cumulativo, do tanto que negligenciamos a nós mesmos, do tanto que deixamos de ouvir o que clama dentro de nós.
Nosso corpo e nossa mente enviam sinais o tempo todo para que possamos nos ajustar e perceber quando é hora de parar, de descansar, de sair de algo que machuca. É preciso olhar, ouvir, falar. É necessário atentar para a maneira como nossos dias estão passando, se não estão apenas se arrastando. E isso a gente percebe nos detalhes.
É o amor que nos salva, sempre será. E é por amor a nós mesmos que devemos prestar atenção nos detalhes dos nossos relacionamentos. É neles que está a nossa estada ou a nossa saída. Detalhes.
O amor se revela nas atitudes, nas sutilezas. Detalhes. O amor não é procura, é certeza. A gente sabe quando é amado. Porque, então, dúvidas não há, incertezas não existem. E é quando a gente fica.
(Marcel Camargo)