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domingo, 24 de fevereiro de 2019

JORNADAS PARA A AUTO-ESTIMA - AUTO-ACEITAÇÃO E TOLERÂNCIA.



A auto-aceitação é o útero de onde nasce a auto-estima.

Aceitar-se é honrar o ser que você é e a sua jornada. É dizer sim para si mesmo (a), sem esperar pelo sim do outro, como acontece freqüentemente.

Quando você era criança ouviu muitos "nãos", muitos "você não pode". A educação do "não" levou-o(a) a abandonar pelo caminho partes importantes de si mesmo(a), que ficaram por aí, carentes de amor e atenção. Você tornou-se uma pessoa fragmentada. Pior do que isso, tornou-se um juiz implacável de si mesmo(a), disposto(a) a julgar-se e a condenar-se. Contudo, não é através da desaprovação, do julgamento e da punição que você se tornará uma pessoa melhor. Saia do tribunal e acolha a pessoa que você é, porque você tem o direito de ser quem é e esse direito baseia-se no desejo natural que você tem para aprimorar-se e de realizar todo o seu potencial. 

Aceitar-se como você é, quando acerta, quando erra e com todos os seus problemas, indica respeito por si mesmo(a), amor a si mesmo(a) e compromisso consigo mesmo(a). É um acelerador de mudanças, porque ao contrário do que muitos pensam, a atitude de aceitação não significa que você não quer melhorar, mas que você tem um compromisso com o auto-aperfeiçoamento. É o acolhimento de todos os aspectos de quem você é, que permite o seu crescimento integral. Portanto, diga sim para si mesmo(a).

Uma vez que você se aceita, você pode estender essa amabilidade aos outros e seguir o ensinamento de Jesus, que disse: "Amai ao próximo como a ti mesmo". Contudo, a tolerância não é apenas uma atitude cristã, mas ela nos expande internamente, pois é a outra face da auto-aceitação e envolve compaixão.

Quando você expande a tolerância para os outros, você abre a sua mente para as diferenças. Você compreende que a diversidade é parte da criação de Deus. Assim, na medida em que você se torna mais tolerante, começa a celebrar as diferenças, mais do que confrontá-las, e o que o nosso planeta mais necessita
 neste momento é de um fluxo de tolerância.

Lembre-se de que ser tolerante não significa que você tenha que concordar com qualquer coisa que qualquer um pense, diga ou faça. Significa que você é suficientemente seguro de suas próprias crenças, sentimentos e valores e de que estes não são ameaçados pelas diferenças. Significa que você é capaz de ouvir respeitosamente o outro, como é capaz de ouvir o seu coração.

Auto-aceitação e tolerância são faces da mesma moeda. Quando você consegue deixar os seus julgamentos de lado, olhar-se, vendo além do certo e do errado, como conseqüência você se torna capaz de tolerar o outro, mesmo que existam divergências.

Diga sim para você mesmo(a) e mude sua vida!


(Por Vera Lúcia Ferrereira).



domingo, 17 de fevereiro de 2019

HUMOR E ESPIRITUALIDADE (VII)





O turco vai se confessar.
__ Padre, há vinte anos eu abriguei um refugiado de guerra.
       Qual o meu pecado?
__ Meu filho, não há pecado nisso. Você fez uma caridade.
__ Mas, padre, eu cobrei aluguel dele!
__ Tem razão, meu filho. Isso é pecado. Reze três ave-marias e um pai nosso.
__ Só mais uma pergunta. Devo dizer a ele que a guerra acabou?



Como é bom quando subimos na vida, somos promovidos, recompensados e reconhecidos pelos anos de estudos e esforços. Como é bom termos uma casa aconchegante, o carro dos nossos sonhos, roupas de qualidade, um plano de saúde digno. Como é bom podermos viajar nas férias para os lugares que sempre desejamos conhecer. Mas se tudo isso for consequência de puxarmos o tapete de nossos colegas de trabalho, de sermos corruptos ou de usarmos as pessoas como se fossem objeto, não teremos felicidade. Aquele que age assim pode comprar comida, mas jamais se sentirá saciado; pode comprar produtos de beleza, mas nunca gostará do que vê no espelho. Pode até comprar o mais belo jazigo, mas não comprará a vida eterna. Não dá para ser feliz a partir da infelicidade alheia. É impossível obter a graça divina por meio da desgraça humana.


(Rev. Aldo Quintão).


domingo, 10 de fevereiro de 2019

TRISTEZA.



Fiquei surpreso quando me dei conta de que a tristeza é uma espécie de raiva adormecida.
Tenho absoluta consciência do estrago que a raiva faz na vida de uma pessoa. Em minha opinião não existe sentimento mais degradante do que a negatividade da raiva.
Viver nesta freqüência, no cultivo do sentimento da raiva, é o mesmo que acionar o controle de uma doença séria que um dia virá. Plantou mal, vai colher coisa ruim. Esta é a Lei da Causa e Efeito.

Conheço muitos casos de pessoas que perderam o controle de suas emoções por perdas materiais e desta forma procuram encontrar os culpados. Esquecem de olhar para as suas atitudes, vaidades desenfreadas, julgamentos, o ganhar na perda do outro e assim por diante. É nestas posturas que irão encontrar a origem de suas perdas.
Passam, desta forma, a viver do passado e na busca de uma justificativa pelo seu insucesso. Se, em seu exclusivo modo de ver, encontram alguma razão ou ainda uma pessoa, começam a descarregar nela toda a sua mágoa, sua raiva. Quem perde com isso?
Eles mesmos. Primeiro ficam tristes, depois, na seqüência, com mágoa e, finalmente, com a raiva adoecem. A pessoa em questão pode estar vivendo em outra freqüência vibratória e assim a raiva não o atinge.
Se você está triste, fique logo com raiva, mas de sua própria tristeza. Saiba viver a vida. Morar no passado nos torna ácidos, azedos, amargos e ninguém quer se relacionar conosco.
Viver no futuro é para sonhadores. Pessoas que jamais serão felizes porque sempre querem mais. Sempre buscam o inatingível e, portanto, são insatisfeitos.

Qual o SEGREDO então?
Saber viver o presente.

Dar forma e vida ao momento. Superar as nossas limitações a cada segundo, como se fosse o último.
Algo deu errado? Ótimo. Não repita, e se fortaleça com o erro. Aprenda com ele e jamais o cometa novamente. Na vida se evolui desta forma.
Meu amigo Vanderlei Peretti sempre afirma: Pessoal, por favor, erro novo...
Erro novo é próprio de quem faz, de quem é empreendedor, de quem vive a vida com intensidade.
Erro velho é para quem ainda não aprendeu a aprender com seus próprios erros. Na realidade os sábios aprendem principalmente com os erros dos outros e jamais são tristes.
Espero que este conhecimento, de que a tristeza é um estágio da raiva, te faça despertar para uma nova vida.

Saul Brandalise Jr

domingo, 3 de fevereiro de 2019

A REDE QUE EMBALA OS PESADELOS.

                                                               (Cristophe Vacher art)


Quanto mais o mundo se informatiza e ganha novas tecnologias, quanto mais buscamos alternativas para nos comunicar, menos nos entendemos, muito menos provemos conteúdo e quase nada nos conhecemos de fato.

O mundo segue interligado em rede, conectado a cabos e conexões, porém se desconecta do que é realmente essencial. Fantasia, fantasia, até se perder nas ilusões. Pessoas buscam pessoas freneticamente. Gente procura gente para amar. Tudo isso em fração de segundos, na velocidade das sombras. Todavia, o que os homens esquecem é de acender uma simples luz dentro de si e deixar de depender do outro para serem felizes e estarem em paz.

Eu, você e toda a humanidade queremos alguém para partilhar nossas alegrias e atenuar nossas dores, não? No entanto, todos nós afundamos num mar de lama quando buscamos o outro por necessidade. A tábua de salvação de nada serve porque apodrece e afunda também com o tempo e a maresia. Quem nos salvará então das ondas emocionais que são capazes de nos levar às ilhas tão desertas e repletas de perigos?

Quando conseguimos garimpar alguém com necessidade, com a nossa sede afetiva, nossa fome sensual, todo o nosso sonho de uma vida a dois vira pesadelo com o passar das horas e com os erros tão naturais ao ser humano. O “dormir coladinho” se desgruda, e o belo e o encantado transformam-se num monstro real de tentáculos imperdoáveis. Daí voltamos à solidão, às carências, às baixas auto-estimas, ao medo de ficarmos sós. 

Será que nascemos xipófagos um do outro? Por acaso, as crianças precisam namorar para brincar de serem felizes? E os idosos não possuem mais vida quando os amados se vão? O solitário bicho não é capaz de viver alvissareiro na floresta? Todo ser adulto precisa se casar, ter filhos e envelhecer em frente à TV para ser taxado de “feliz”?

Será que este vazio que sentimos se deve única e exclusivamente a ser preenchido pela necessidade urgente do outro? 

Sei que dói ficarmos a sós. Enfrentamos o nosso maior inimigo: nós mesmos. Porém, esta busca desenfreada pelo outro nos leva a ficarmos presos a uma rede que embala os nossos próprios pesadelos. É puro engodo achar que a vida só tem graça quando estamos acompanhados por alguém. A solidão é um estado de espírito que pode nascer em meio às multidões. Casados, solteiros, viúvos, adolescentes, adultos e velhos se sentem sozinhos e infelizes. Qual o motivo? É simples: porque não buscam dentro se si a sua melhor companhia. 

As pessoas somente serão mais íntegras e realizadas quando encararem a presença do outro como dádiva, como presente, como espelho, como oportunidade de crescimento. Estados de sentimentos são efêmeros, todavia uma porção de felicidade só poderá ser alcançada quando nós nos sentirmos inteiros a sós.



(Por Maurício Santini).




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