De todos os desejos reunidos na alma humana,
o sonho da felicidade abstrata é o mais visível.
É aquele sonho onde nos vemos com algo
que agora não possuímos,
e quando conquistamos aquele “tesouro”
já estamos pensando em um outro mais distante.
É como aquela cenoura colocada diante dos olhos do cavalo,
amarrada por uma corda que não o deixa alcançá-la.
A cenoura está ali, mas tão perto e tão distante…
A alma humana, sonhadora e infeliz,
busca encontrar em alguma coisa externa a alegria,
o contentamento que não encontra em si mesma.
É uma procura inútil, viagem sem mapa,
férias sem roteiro,
fuga sem rota…
O que buscamos e o que não encontramos,
é a nossa própria ausência,
é o distanciamento da nossa realidade,
o aceitar-se!
Descubra suas capacidades e necessidades,
reveja seus conceitos que lhe fazem mal,
pare de agredir a sua própria condição,
de menosprezar o real valor que você tem.
Encontre-se antes de sair por ai
jurando que ama essa ou aquela pessoa.
Isto só trará dor e sofrimento,
e aumentará a sensação de que você nasceu para sofrer.
Nem o “Aleijadinho” nasceu para sofrer,
muito menos você.
O que está errado é o foco, é a direção.
Corrija o rumo da sua vida,
respeite-se, valorize-se, e com certeza
aquelas portas fechadas vão se abrir de par em par,
motivadas pela energia poderosa que habita em você.
Nesse dia, além de encontrar-se,
saberá que Deus existe e nunca te abandonou.
Paulo Roberto Gaefke