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domingo, 12 de maio de 2024

É PELOS DETALHES QUE EU PERMANEÇO OU VOU EMBORA.


Tempos difíceis esses que vivemos. Está tudo muito complicado, meio sem sentido, tudo corrido, passando rápido.

Mal temos tempo de parar e olhar para nós mesmos, para o que temos conosco, para sermos gratos por quem caminha junto. Mal temos tempo de refletir sobre o tipo de sentimentos que estamos doando e recebendo. Mas isso importa muito.

Tem que ser um exercício diário a análise da própria vida, balanceando prós e contras, o que está ou não dando certo, o tanto de felicidade que nos rodeia, bem como os vazios que insistimos em carregar inutilmente.

É extremamente importante a conscientização de que sentimento estacionado acaba emperrando tudo lá fora. Ninguém consegue leveza quando o emocional se enche de pendências e arestas.

E, muitas vezes, esse carregamento emocional nocivo vem de um processo cumulativo, do tanto que negligenciamos a nós mesmos, do tanto que deixamos de ouvir o que clama dentro de nós.

Nosso corpo e nossa mente enviam sinais o tempo todo para que possamos nos ajustar e perceber quando é hora de parar, de descansar, de sair de algo que machuca. É preciso olhar, ouvir, falar. É necessário atentar para a maneira como nossos dias estão passando, se não estão apenas se arrastando. E isso a gente percebe nos detalhes.

É o amor que nos salva, sempre será. E é por amor a nós mesmos que devemos prestar atenção nos detalhes dos nossos relacionamentos. É neles que está a nossa estada ou a nossa saída. Detalhes.

O amor se revela nas atitudes, nas sutilezas. Detalhes. O amor não é procura, é certeza. A gente sabe quando é amado. Porque, então, dúvidas não há, incertezas não existem. E é quando a gente fica.


(Marcel Camargo)



domingo, 5 de maio de 2024

EXPECTATIVAS.

 


Expectativas são esperanças que colocamos em outras pessoas ou outras coisas e que podem guiar nossa maneira de viver.

As pessoas mais sensíveis estão mais sujeitas ao sofrimento porque vivem da esperança, mesmo íntima, que os outros vão reagir como elas esperam.

E elas esperam quase sempre. Amam, doam-se verdadeira e inteiramente e quando o retorno não vem, sentem-se feridas, pequenas, magoadas e até mesmo mal-amadas.

Não aprendemos ainda a "receber" o outro tal qual ele se oferece. Todas a outras pessoas que nos cercam não são pedaços de nós espalhados, mas, sim, seres independentes, com personalidade diferente, maneira de amar e se entregar que pode não condizer com o que nós somos. Mas amar diferente não é amar menos, é só amar diferente.

Amar sem esperar retorno é amar incondicionalmente. Difícil, difícil... Cobramos sempre dos nossos pais, da família, dos amigos, daqueles que fazem parte o nosso dia a dia. Mesmo se essa cobrança é implícita, ela existe. E somos conscientes, senão isso não causaria sofrimento.

É verdade que é cansativo dar-se a cada instante e se contentar  sem esperas. Geralmente quem dá, dá o que gostaria de receber. Quem visita, convida, telefona, diz coisas gradáveis vive em constante expectativa de receber o mesmo.

É como dar um presente e ficar esperando pra ver se o outro gostou. No fundo, queremos que gostem, que digam algo agradável, que fiquem felizes para que nos sintamos recompensados pelo ato.

Amar, porque é natural, é sublime e divino. Amar  com desprendimento, simplesmente porque o outo traz ternura ao nosso coração,  é algo que precisamos exercitar.

Se lavamos nossa alma das expectativas do sentimento dos outros, aprenderemos a amar como Cristo nos ensinou. Aprenderemos a ser felizes não porque os outros nos correspondem, mas simplesmente pelo fato de existirem e trazerem ao nosso coração esses raios de luz que nos iluminam e tornam nossa vida mais encantada.

(Letícia Thomson)


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