Quatro estações são necessárias para que se possa passar adiante depois de uma perda. O primeiro tudo depois da morte é sempre o mais difícil: o primeiro aniversário, o primeiro natal, o primeiro réveillon, as primeiras férias... são as ocasiões mais doloridas. Mas o passar dos dias ameniza a dor e vai dando lugar a uma certa nostalgia, ao carinho da lembrança.
Pensamos no instante da perda que nunca mais seremos capazes de sorrir, mas isso não é verdade. Depois de algumas auroras e alguns entardeceres, vamos descobrindo que a vida ainda está muito presente, que ainda somos capazes de nos alegrar com outras coisas, sem que isso diminua o amor e a saudade que sentimos de quem partiu.
Aceitamos dificilmente a morte porque nos esquecemos com facilidade que nossa vida na terra é apenas uma passagem. E quando alguém parte, é como se acordássemos para essa realidade: somos eternos para a vida, mas não a terrena! Inconscientemente pensamos na nossa própria morte e na daqueles que ainda estão conosco.
Mas... enquanto o sangue pulsar nas nossas veias, é a vida que pulsa e tudo o que podemos e devemos fazer é vivê-la. Alguém que amamos parte para sempre e isso é tremendamente doloroso. Essa pessoa é insubstituível ao nosso coração, já que cada pessoa é única em si no nosso viver e somos conscientes disso. Mas outros que amamos e que nos amam ainda estão por aqui e isso deve ser motivo de alegria e reconforto.
Por esses, pelo menos, devemos nos reerguer, reagir, fazer um esforço. E para nós, para nosso bem. Deus nos consola; amigos, família nos consolam... só precisamos é aceitar as mãos estendidas. Quatro estações e um pouco de paciência... o sol vai brilhar novamente, a alegria vai de novo encher o coração e tudo vai voltar ao normal. É preciso acreditar nisso!
(Letícia Thompson)
Lindo, profundo e verdadeiro! Sempre que alguém querido se vai, precisamos de um tempo, mas depois temos que seguir...è a vida! bjs, linda semana,chica
ResponderExcluirObrigada, Chica!
ExcluirUm tema que não se gosta de abordar, mas que sempre pode dar uma forcinha para alguém.
Feliz semana!
Beijo.
Excelente texto muito bom. Também para reflectir
ResponderExcluirBeijinhos e uma excelente semana
Uma reflexão dolorosa, né Cidália?
ExcluirObrigada, querida!
Feliz semana!
Beijo.
Tarde feliz querida amiga... Excelente postagem... É difícil perder quem se ama... É necessário, porém, seguir em frente. É o ciclo da vida... Aproveitemos, então, enquanto temos tempo... Para amar... Para abraçar... Para ouvir. Feliz semana querida... Beijos no coração... Feliz viver...
ResponderExcluirE isso mesmo, amiga!
ExcluirPerdas são dolorosas por demais, mas não há como evitá-las; portanto, o certo é valorizar e paparicar aqueles a quem amamos enquanto os temos em nossa companhia terrena. Seguir em frente é imperioso, pois todos temos compromissos com a vida.
Obrigada!
Beijo.
Assim é a vida...Ficamos com as pessoas queridas que nos conolam quendo alguém que amamos parte parte deixando-nos a saudade, que com o tempo vai se amenizando com a certeza que um dia novamente junto estaremos.
ResponderExcluirUm abraço.
Élys.
E o consolo é esse, Élys, do reencontro.
ExcluirO tempo será sempre o melhor aliado na superação da dor. A saudade sempre fica.
Obrigada!
Feliz semana!
Abraço.
Mas como é difícil, Verinha... Quando meu pai faleceu, no 6º mês levei minha mãe ao médico cardiologista. E lá pelas tantas ele disse: a senhora está bem, mas escute... o luto não pode chegar a um ano, temos que averiguar, pois vira depressão, não é mais normal...E ela já estava com depressão. E iniciou o tratamento. Mas quando fez um ano ela foi se encontrar...Difícil, muito.
ResponderExcluirBeijo, ótima postagem sobre nossas perdas!
Muito triste perder os pais num curto intervalo de tempo. Você nem se adaptou a uma perda e lá vem outra. Acontece muito, amiga! Já vi vários casos. Num deles, dentro de um mês ambos se foram. Ocorre muito com os casais com longos anos de convivência. Minha mãe também entrou em depressão com a partida do meu pai. Teve que fazer um tratamento longo e nunca se recuperou totalmente. Todavia, como amava a vida, ficou entre nós por muitos anos, falecendo há quase três anos atrás. Ontem mesmo, no almoço de Páscoa, lembramos muito dela.
ExcluirQuem passou por perdas sabe como é difícil, principalmente no início. O texto da Letícia Thompson retrata muito bem a realidade que acontece à medida que o tempo vai passando. A saudade continua, mas a vida vai nos mostrando que ainda temos a capacidade de nos alegrar, de ser feliz e de fazer feliz as demais pessoas que amamos.
Obrigada!
Feliz semana!
Beijo.
Bela escolha de texto, Vera! Nós, que passamos por esta situação, bem sabemos que é assim mesmo... e que necessitamos seguir em frente, amparando-nos nas boas lembranças, para amainar a saudade. Boa semana, espero que a sua Páscoa tenha sido maravilhosa, amiga.
ResponderExcluirOlá amigo,
ExcluirTivemos, sim, uma Páscoa bem feliz em família. Obrigada!
O texto da Letícia é muito coerente com a realidade das perdas. Vivi-o em experiência própria, por isso posso atestá-lo como totalmente procedente.
A saudade fica e as doces lembranças nos trazem de volta, ainda que por instantes, o sabor dos momentos felizes vividos juntos.
Ótima semana!
Abraço.
Foi difícil acompanhar meu marido até o hospital e depois de dez minutos, já morto, chamei seu irmão, precisei esperar amanhecer para a funerária abrir:sabendo que ia morrer levei o seu mais lindo terno.Paguei pra tudo. Meu carro foi na frente e o carro funerário atrás. chegamos, não sou de chorar, mas quando minha sogra disse: sinto por minha nora, ela haverá de encontrar a felicidade, desmaiei. Voltei e tudo consumado. Meu filho tinha dois anos e a minha felicidade chegou depois de 7 anos, ainda tenho meu filho comigo-decepção amorosa, hoje tem 34 anos.
ResponderExcluirHoje todos somos felizes, o outro não dói mais a saudade.
Beijos no coração
Lua Singular
Olá Dorli,
ExcluirQue bom que você refez sua vida e encontrou a felicidade novamente.
Lidar com perdas é muito complicado, mas Deus sempre coloca pessoas fortes ao nosso lado para nos ajudar nessa triste missão de enterrar nossos entes queridos.
Logo o filhão se cura dessa decepção amorosa e parte para outra, se Deus quiser!
Obrigada!
Feliz semana!
Beijo.
Felice inizio settimana
ResponderExcluirObrigada, Giancarlo!
ExcluirÓtima semana para você!
Abraço.
Recebido poer email:
ResponderExcluirQuerida Vera !
Eu nao posso escrever um novo komentario o meu BLOG.
Eu nao sei por que ! ?...
- GRAŽIŲ VELYKŲ ! - ! ! !
Feliz Pascoa pora voce e toda sua familia.
Beijinhos
- GLUOSNIS - LITHUANIA
Olá Gluosnis,
ExcluirVocê não está conseguindo comentar em meu blog?
Agradeço-lhe a gentileza de mandar o email.
Espero que você e família tenham tido uma linda e feliz Páscoa.
Abraço.
Quando um ser querido se vai, é duro, dói, mas temos que partir para a conformação e agradecer, primeiro a DEUS por tê-lo enviado e permitido que cumprisse aqui a sua missão, e segundo a ele pelo prazeroso convívio e pelo que fez por todos nós. Belo e profundo texto Vera. Ótima escolha.
ResponderExcluirAbraços,
Furtado
Sim, é sempre motivo de gratidão ter tido a oportunidade de caminhar juntos com pessoas queridas e afins. A separação é sempre dolorosa, mas a aceitação é atitude de respeito e compreensão pelos desígnios divinos.
ExcluirObrigada, Furtado!
Abraço.
Oi Verinha,
ResponderExcluiressas perdas são sempre difíceis e muitos sequer aceitam...
Mas, como diz o texto, devemos seguir em frente pois tampouco alguém irá ficar aqui para sempre. Para mim a Doutrina Espírita, da qual gosto muito e me identifico, ajudou-me com muitas respostas, fez-me entender e aceitar muitas questões e de ver a própria morte como uma passagem para uma vida espiritual mais evolutiva. Aceitar uma perda é tão doloroso mas faz parte.
Beijo grande Vera!!
Olá amiga,
ExcluirNão aceitar traz doenças para corpo e alma, além de perturbar aqueles que se foram. A doutrina espírita também me trouxe muitas respostas e me ajudou em muitos momentos da vida. Precisamos entender, apesar de tudo, que a vida continua, tanto aqui, como do outro lado, e que o reencontro acontecerá no momento certo. Não é fácil, é verdade, mas, como diz a Letícia, somos confortados e amparados. Aos poucos, as dores se aquietam e passamos a nos alimentar de uma doce saudade.
Obrigada, Suzana!
Feliz semana!
Beijo.
Ótimo texto, Vera. É preciso mesmo, mas é mt difícil. E nunca mais vc se recupera. Esse papo de tempo é balela... o vazio fica pra sempre... E machuca. Bjs e boa semana.
ResponderExcluirOlá Sérgio,
ExcluirO vazio fica mesmo, mas ainda acredito na força do tempo para amenizar as dores da perda. Alegrias acontecem pelo caminho e se dermos atenção a elas conseguimos suavizar a dor. Claro que haverá momentos de grande saudade, mas temos que nos dar oportunidade de continuar a viver, apesar da desoladora ausência.
Obrigada!
Feliz semana!
Abraço.
Olá.
ResponderExcluirBrilhante obras.
Obrigado pela sua visita sempre.
Desejo a todos o melhor.
Saudação e abraço.
Do Japão, ruma ❃
Olá Ruma!
ExcluirPrazer em revê-lo por aqui.
Grata por sua visita!
Tenha uma ótima semana!
Abraço.
Olá Vera
ResponderExcluirQue Deus console os corações. Perder uma pessoa querida é muito difícil, mas com Cristo na caminhada vencemos as tempestades da vida. Bjs querida.
Não é mesmo fácil ter que prosseguir a caminhada sem as pessoas que tanto representaram em nossas vidas e a quem devotávamos grande amor, mas sabemos que é a lei da vida, diante da qual somos completamente impotentes.
ExcluirDeus nos conforta sempre e nos vai presenteando com novas motivações para prosseguir com esperança, alegria e fé. A saudade é eterna, mas sempre teremos lembranças que nos farão sorrir.
Obrigada, querida!
Feliz semana!
Beijo.
Vera querida, que palavras suaves, lindas...
ResponderExcluirÉ o toque de veludo para quem perdeu um ente querido e ainda não conseguiu se adaptar à partida que, para nós, é sempre precoce demais...
Infelizmente a vida nos prepara tantas surpresas, umas boas, outras demasiadamente tristes, e por isso que precisamos estar preparados para tudo, mesmo sendo tão complexo esse assunto...
Tinha uma tia que me era era querida demais e quando ela partiu, um vazio se instaurou dentro de mim, parecia doer no peito de tanto que sofria. ..Os anos foram passando e as lembranças foram se intensificando. Parece que hoje ela está mais presente em mim do que outrora...Isso é uma sensação que traz muito conforto. Sério mesmo Vera, parece que ela ainda não se foi, que vai voltar a qualquer momento. Penso que ela está em uma longa e demorada viagem e a qualquer momento retorna para o nosso convívio...
E como está tão bem delineado no texto, quem fica precisa viver, seguir em frente...
Como na nova canção que está tocando pela suavidade dos versos, Trem-Bala de Ana Vilela:
"Segura teu filho no colo
Sorria e abraça os teus pais enquanto estão aqui
Que a vida é trem bala, parceiro
E a gente é só passageiro prestes a partir..."
Somos todos passageiros e a vida é AGORA!!
Amei estar aqui querida, SEMPRE!!
Um grande beijo e uma semana de muitos encantos!
Sim, nesta também tem feriado! rsrs
Beijos!! :)))
Olá querida Adriana,
ExcluirNão havia prestado atenção aos versos desta canção. Gostei demais! Uma verdade que costuma passar sem uma reflexão mais atenta.
Interessante a forma como as lembranças de sua tia ficaram mais intensas com o decorrer do tempo. Talvez vocês continuem sintonizadas, pelo amor que as unia.
O tema da abordagem é mesmo complexo. Relutei muito antes de publicar o texto, mas ele me chamava toda vez que eu entrava em meus rascunhos do blog. Pensei que talvez alguém estivesse precisando de uma leitura assim no momento e aí resolvi publicá-lo. Ninguém gosta de pensar ou falar em perdas, mas elas são imprevisíveis e inevitáveis no decorrer da vida.
Então, vamos agir como sugere a música. Vamos abraçar e acarinhar a quem amamos enquanto os temos em nossa companhia.
Obrigada, amiga, pelas palavras sempre amáveis e delicadas e pela atenção e carinho de sempre!
Feliz semana! Aproveite bem o próximo feriado.
Beijão.
Oi Vera
ResponderExcluiresta é a realidade, muitos dos nossos queridos se vão e a sensação primeira é a perda do chão, mas após o luto necessário, vamos desabrochando para a continuidade da vida. Estou lendo um livro bem interessante"A morte é um dia que vale a pena viver' de uma médica que trabalha com doentes terminais. Neste há a afirmação da morte se um ótimo motivo para se buscar um novo olhar para a vida. bjs
Olá Norma,
ExcluirO título do livro chamou minha atenção e fui dar uma espiadinha no google. Trata-se de um livro de autoria da médica Ana Claudia Quintana Arantes. Vou comprar quando passar pela Saraiva. A referência é de que o livro apresenta uma reflexão importante para a atualidade, "tempo em que vivemos com a sensação permanente de que estamos deixando a vida escorrer entre os dedos".
Deixei aqui registrado para o caso de alguém se interessar pela dica.
Obrigada!
Feliz semana!
Beijo.
Na vida há perdas e ganhos...
ResponderExcluirO Ser Humano é um Ser
De Deus e Dele, a ser
Dele, não somos estranhos.
Somos entes em rebanhos
Cujo milagre é o prazer
De estarmos, pois, a viver
Nos humanizando aos banhos
De graças - a quem tem fé.
Quem não a tem, mundo é
Um acaso, ocaso e nada
E enquanto estiver em pé
Sua atenção vai até
Ao fim da sua jornada.
Belíssima crônica! Parabéns! Alcides Abreu, a quem homenageei em minha penúltima postagem, era espírita. Quando morreu um irmão seu eu o enviei um telegrama de pêsames. E ele me respondeu por outro telegrama: "Um dia é dia de ir. Meu irmão Hélio já foi. Minha gratidão! Alcides".
Lindo o soneto, Silo!
ExcluirOs espíritas possuem uma visão especial sobre a morte (ou desencarne). Trata-se de uma doutrina que conforta sobremaneira e ajuda muitíssimo a compreender e aceitar as perdas das pessoas que nos são queridas. Todos temos que partir, seja mais cedo ou mais tarde. Dói para quem fica, mas, segundo Chico Xavier, dói também para quem parte, pois a saudade é sentida nos dois mundos.
Obrigada pela presença e comentário!
Ótima semana!
O luto pede tempo e nesse tempo não se consegue olhar para a frente. Depois vem outro, o da saudade, que se vai amainando quando as lembranças chegam, permitindo-nos fixar nelas nosso olhar com mais tranquilidade. E a vida chama, já que há presenças buscando nosso olhar e nossa atenção. Bela escolha! Bjs.
ResponderExcluirSabemos bem como é difícil enfrentar o luto e sabemos também como é necessário seguir em frente, né mana? Entregar-se ao desconsolo por um período longo gera depressão e mais sofrimento para todos. A fé e a esperança do reencontro acalmam o coração e nos permitem voltar o olhar para as outras pessoas que amamos e que precisam da nossa sobriedade e do nosso apoio. Lembranças e saudade fazem parte do processo. Recordar também é viver.
ExcluirObrigada, mana!
Beijo.
Olá Vera; Excelente texto !
ResponderExcluirCumprimentos
Obrigada, Fernando!
ExcluirFeliz semana!
Abraço.
Hello Vera,
ResponderExcluirThese words are very beautiful.
Lovely is a picture.
I wish you a wonderful evening.
Greetings and a big hugs.
Thank you, dear Pantherka!
ExcluirHave a very happy week!
Kiss.
COMENTÁRIOS VIA FACEBOOK:
ResponderExcluirLeyla Mariza Castro- É difícil! Mas a vida segue e não espera ninguém! Façamos a nossa Parte! ( Bom vê lá de volta).
Vera Lucia Duarte- Obrigada, querida! Não é um tema agradável, mas, às vezes, de apoio para alguns. Bom dia!!!! Beijo.
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Laura Santos- A morte é inevitável, por isso, apesar de toda a dor que nos provoca a ausência devemos seguir em frente. Importante mesmo acaba por ser a forma como se vive.
Vera Lucia Duarte- Seguir em frente é imperativo da vida. Afinal, temos mais pessoas queridas que amamos e que nos amam e que não devem ser negligenciadas, sob pena de mais dor futura. A saudade fica, mas também fica o consolo de termos feito tudo o que podíamos por aqueles que partem antes de nós. Obrigada, amiga atenciosa. Beijo.
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Fabio Murilo -Tem gente que depois de perder um ente querido, pouco tempo depois, vai junto, é imprevisível, cada um reage de uma maneira tem uns automaticamente se consternam, o chão se abre sob seus pés, aparentemente nem ai, só aos poucos vai caindo a ficha, e sofrem por vezes mais tempo, como diz Manuel Bandeira num dos versões do seu excelente, Evocação do Recife: "A casa de meu avô...Nunca pensei que ela acabasse!
Tudo lá parecia impregnado de eternidade . Recife, meu avô morto...". Apesar que desde sempre sabermos da existência da dita cuja, da "indesejável das gentes" como ele mesmo dizia, eufemismos que não aplacam sua sanha. A morte tá mais viva que nunca evitamos falar no assunto, ignoramos, é um assunto tabu. Morresse de repente, e não sabemos como lidarmos com essa surpresa, vivemos como se fosse para sempre, adiamos compromisso, protelamos. Diante do féretro, patéticos levamos uma tapa na cara da realidade, acordamos e por vezes a quem afirme mas eu falei com fulano ontem, ontem disse bem, morreu hoje, outros, a gente não é nada, tanto orgulho e a gente não leva, pra depois que sairmos da necrópole, voltarmos a praticar todos os vícios, arrogâncias, prepotência. Vi uma vez um psicólogo dizer numa palestra que muitos recorrem a ele, a seus préstimos profissionais após perder um parente, qua havia a muitos anos intrigado, e a muito tempo queria pedir-lhe desculpas, uma palavra de afeto, dar-lhe um abraço, e por orgulho, vergonha, estava adiando pra quem sabe depois, final do ano, em meio a confraternização costumeira, mas o outro morreu sem aviso prévio, e agora, restava-lhe o remorso, de não ter mais jeito, morreu intrigado. E o referido profissional da área de saúde, aconselhava diga a boa palavra, demonstre seu afeto, abrace, enquanto é tempo, dá tempo.
Vera Lucia Duarte- É mesmo um assunto tabu, Fábio! Resistimos muito em pensar no imponderável. Ser surpreendido com perdas é doloroso demais, principalmente quando se sente devedor de afeto e de atenção para com a pessoa que se foi. Mais triste ainda é não ter oportunidade para uma despedida. Enfim, a aceitação é primordial para a sanidade e para se seguir vivendo. A saudade estará sempre presente, ora mais, ora menos, dependendo das circunstancias momentâneas. Obrigada pela leitura e comentário! Boa noite!
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Um texto belo, profundo e perfeito
ResponderExcluirpara guardar na consciência da alma...
Aqui é um portal de luz que espelha a tua
alma (luz) linda, minha amiga.
Muito obrigada por este momento aqui, viu?...rss
Um final de semana no alto astral, querida Vera!
Beijos.
Obrigada, doce e querida amiga!
ExcluirSou eu quem agradece a sua sempre delicada presença, que traz mais luz para o meu recanto.
Ótimo feriado e final de semana!
Beijão.
MUY LINDO CONTENIDO. GRACIAS POR COMPARTIR.
ResponderExcluirABRAZOS
Obrigada, Reltih!
ExcluirBom final de semana!
Abraço.
Hello vera,
ResponderExcluirThanks for the beautiful comment.
Have a nice evening.
Greetings and hugs.
It is always a pleasure to comment on the beautiful work of your blog, Pantherka.
ExcluirI wish you a great weekend!
Kiss.
OI VERA!
ResponderExcluirA DOR DA PERDA DE ALGUÉM QUE AMAMOS NOS É MUITO PESADA E PARECE ETERNA, MAS SE AMENIZA COMO DIZ ESTE LÚCIDO TEXTO E ACRESCENTO, A LEMBRANÇA DESTE EVENTO, SE TRANSFORMA AOS POUCOS E SÓ FICAM AS LEMBRANÇAS FELIZES QUE PASSAMOS COM ESTE QUE SE FOI E COM ISSO A DOR AOS POUCOS CABE EM NOSSO CORAÇÃO.
UMA BELA PARTILHA AMIGA.
ABRÇS
http://zilanicelia.blogspot.com.br/
Perfeito, Lani!
ExcluirFoi exatamente assim que passei pela perda dos meus pais. A princípio, fica-se sem rumo e com aquela sensação de que a dor permanece imutável; todavia, com o passar do tempo os sentimentos vão se aquietando e, conforme você bem salienta, a dor aos poucos passa a caber em nosso coração.
Obrigada!
Beijo.
O tempo vai amenizando a dor da perda até que seja suportável.
ResponderExcluirUm excelente texto, obrigado pela partilha.
Bom fim de semana, amiga Vera Lúcia.
Beijo.
Obrigada, Jaime!
ExcluirBom final de semana também para você.
Abraço.
Não é fácil. Perdi a minha mãe e não há dia nenhum que não me lembre dela.
ResponderExcluirBjs
Não é fácil mesmo, Elisabete! Acontece o mesmo comigo. Fato é que com o tempo a dor vai se amenizando e deixando espaço para as doces recordações.
ExcluirObrigada!
Beijo.
Hi dear Vera,
ResponderExcluirI wish you a beautiful weekend.
Greetings and hugs.
Thank you, Pantherka!
ExcluirI also wish you a great and happy weekend.
Kiss.
Ótima seleção, Vera, não apenas pela qualidade, nas também pelo tema.
ResponderExcluirSabe que uma coisa que me preocupa muito é a dor que vou causar quando partir, tanto que ando a pensar pedir ajuda psicológica.
Gostei desta abordagem, numa leitura muito agradável.
~~~ Beijo ~~~
Não pense nisso, Majo. Pense apenas nas alegrias e boas lembranças que você deixará plantadas no coração daqueles que a amam. Afinal, quem fica sobrevive das lembranças.
ExcluirObrigada!
Ótimo final de semana!
Beijo.
Passando para deixar uma mensagem!!
ResponderExcluirQuem caminha sozinho pode até chegar mais rápido, mas aquele que vai acompanhado dos amigos, com certeza vai mais longe.
Clarice Lispector
Abraços com carinho!
└──●► *Rita!!
Linda é verdadeira mensagem, Rita!
ExcluirGosto muito da filosofia poética da Clarice Lispector.
Ótimo finde!
Beijo.
Mais uma belíssima, e tocante partilha, Vera... mas que nos apela para essa aceitação de forma apaziguada para as perdas... pois assim, é a lei da vida... que tantas coisas boas nos dá... mas que também nos vai retirando outras...
ResponderExcluirPerdas... algo com que me defrontei bastante cedo...
O tempo não apaga a saudade... mas ensina-nos a melhor saber conviver com ela...
Deixando um beijinho e votos de um feliz fim de semana...
Ana
Isso mesmo, Ana! O tempo não é capaz de apagar a saudade, mas, com certeza, e o digo com experiência própria, nos ensina a lidar com ela.
ExcluirObrigada!
Ótimo finde!
Beijo.
Querida Vera, uma partilha que nos leva a reflectir, pois é um tema pertinente e muito sensível.
ResponderExcluirAs perdas são sentimentos muito difíceis de lidar.
Há dois anos perdi o meu pai subitamente e foi muito difícil, mas assistir à perda diária da memória e dos afectos da minha mãe tem sido muito mais complicado e doloroso.
Um beijinho e bom fim de semana
O Toque do coração
Olá querida Fernanda,
ExcluirPassei com o meu pai o mesmo que você está passando com a sua mãe. Um processo extremamente desconfortável e doloroso. Meu pai veio a falecer sete anos depois de já não mais reconhecer ninguém. Triste demais! Às vezes até tínhamos a impressão de que ele mostrava alguns segundos de lucidez, mas era tão rápido que nem dava para ter certeza. A partida do meu pai foi uma benção para ele, o que nos ajudou no processo de conformação. Já com minha mãe, apesar de seu falecimento não ter sido tão repentino, já que ela chegou a ficar no CTI por 21 dias, foi bem desgastante e sofrido.
Desejo-lhe força e fé para ajudar sua mãe nessa difícil travessia.
Bom final de semana também para você.
Beijo.
Oi Vera,
ResponderExcluirQuando perdemos quem amamos, nada é como antes, isso é fato.
Entretanto faz muito sentido afirmar que quatro estações são suficientes para
seguir adiante...a dor diminui com o passar do tempo, mas a saudade aumenta bastante.
Reflexão formidável. Gosto muito dos textos da Letícia Thompson.
Beijos!
A saudade é mesmo persistente, Clau.
ExcluirPerdemos entes queridos em datas muito próximas (sua irmã e minha mãe). A experiência nos mostra que a dor inicial se acomoda com o tempo, mas a saudade estará sempre presente, pois muitas são as lembranças.
Obrigada!
Beijo.
Algumas perdas doem demais pelo vazio interno que deixam.
ResponderExcluirSó com o passar do tempo que a dor ameniza e saudade se torna mais branda. Nada como o tempo para curar algumas feridas.
Abraço
Sônia
Verdade, Sônia.
ExcluirPerdas são sempre dolorosas. O tempo será sempre o melhor aliado no processo de superação. A saudade fica, mas as doces lembranças refrigeram a alma.
Obrigada!
Beijo.