(Mandy-Tsung)
Você já deve ter se deparado com indivíduos que se consideram vítimas perante toda e qualquer situação. Pessoas para quem a vida não dá certo. Se alguém foi traído, ela foi muito mais. Se o país está em crise, para ela a situação está muito mais difícil do que para o resto dos brasileiros. Se o amigo tem problemas familiares, com certeza, a família dela é a pior de que já se teve notícia.
Se existem problemas no trabalho, a culpa é do chefe ou de um colega que quer “se aparecer” dando ideias e criando novos projetos. Se o casamento não vai bem, certamente, é por causa da mulher que não o ajuda em nada. Se o relacionamento com os filhos não é saudável, é devido à incapacidade deles valorizarem todo o esforço que ela faz.
Na Psicologia, chamamos este fenômeno de VITIMISMO. Pessoas que vivenciam esta situação, geralmente, são dependentes emocionalmente, sentem-se incapazes de gerenciar a própria vida e não se responsabilizam pelos seus problemas. Invariavelmente, culpam o mundo pelas próprias dificuldades e descarregam sobre as pessoas mais próximas toda a responsabilidade pelo seu sofrimento.
É importante entender que o papel de vítima traz benefícios secundários. Isso quer dizer que, quando a pessoa se retira do protagonismo da sua vida, e culpabiliza os que estão a sua volta por suas dores, ela não precisa assumir a responsabilidade sobre suas dificuldades. Dessa forma, ela deixa de encarar suas fragilidades, evitando a dor que, naturalmente, faz parte deste processo. Além disso, pessoas assim sempre encontram aquelas que se desdobram para retirá-las desse sofrimento, acabam por tentar suprir tudo o que a vítima diz que precisa, mas sem sucesso.
São pessoas que se abastecem da compaixão dos outros. Portanto, mesmo que encontremos soluções práticas para ajudá-las, estas pessoas nunca estarão satisfeitas. Tornando-se satisfeitas, os benefícios secundários desaparecerão, justamente o que a vítima não deseja.
Mas, apesar dos ganhos que a vítima pode receber por se posicionar dessa forma, o sofrimento de estar nesse papel é imenso. Ela fica completamente vulnerável aos movimentos externos, pois depende inteiramente do que acontece ao seu redor. Sua energia é mínima; sente-se enfraquecida. O sentimento de tristeza e frustração é constante.
É importante dizer que as pessoas que vivem o vitimismo, geralmente, não têm consciência de que se comportam dessa maneira.
O processo de conscientização pode ser lento e doloroso. Mas é possível. Quando identificamos o vitimismo no outro, é importante não o alimentarmos com nossa compaixão e pena. Quando percebemos isso em nós, é necessário questionar os próprios sofrimentos e verificar o quanto dessa dor é justificado. Além disso, é essencial se perguntar: “Quanto dessa dor é responsabilidade minha?”. Em alguns casos, é necessário acompanhamento psicológico.
Enquanto a vítima continuar culpabilizando o mundo pelas suas dores, dificilmente conseguirá resolver seus problemas. Viverá aprisionada e infeliz.
(Ana Paula Amaral Fernandes-www.eusemfronteiras.com.br)
Oi,Vera! Que bom te ver! E infelizmente tanta gente,parece cada vez mais, vemos o vitimismo em pessoas ! Há de ser tratado e não compactuado! beijos,tudo de bom,chica
ResponderExcluirAh... Obrigada, Chica! Sempre atenciosa!
ExcluirNa verdade, ainda não retornei à vida blogueira. Penso que me equivoquei no ato da configuração da postagem, deixando em aberto a barra de comentários. Contudo, fiquei imensamente feliz com sua presença. Somente agora me deparei com os comentários desta postagem.
Tudo de bom para você também!
Grande abraço!
Hi Vera after a long time :-)
ResponderExcluirVictimization is terrible!
Greetings and hugs.
Hi dear Pantherka!
ExcluirI have not returned to life blogger yet. It was a mistake to set up the post.
Thak you so much for your visit!
Kisses!
Alo!Vera Lucia,
ResponderExcluirÉ sempre prazeroso lê-la!
Sucesso sempre!
isaias
Obrigada, Isaias!
ExcluirSomente agora deparei com os comentários desta postagem. Na verdade, tenho mantido o blog fechado para comentários devido à falta de tempo para visitação e respectiva retribuição. Devo ter me equivocado no momento de configurar a postagem, mas valeu pela oportunidade de sua visita.
Abraço.
Acredito eu que todos nós sofremos um pouco desse complexo. Em algumas pessoas, ele se manifesta com frequência, em outras, apenas em raras ocasiões. Mas é algo que está presente em todos nós, afinal, tem coisa melhor do que largar todas as responsabilidades na mão dos outros? É isso que um bebê faz (porque é a única coisa que consegue fazer) e é isso que buscamos a nossa vida inteira. Esse conforto de não precisar nos responsabilizar por nada. A gente pensa que sim, mas no íntimo parece que a gente nunca cresce.
ResponderExcluirResponsabilizar-se por si mesmo é um processo doloroso pelo qual muita gente não está disposta a passar. Eu mesma vivo esbarrando em um monte de limitações que eu estou impondo sobre mim mesma só para poder culpar o outro depois caso dê errado. Mas a verdade é que, independente de quem for o "culpado", nós sempre temos a possibilidade de fazer algo. Se deixamos passar, bem, azar o nosso. Vida que segue.
Boa noite de paz interior, querida amiga Vera!
ResponderExcluirQue saudade estava de poder comentar!
Agora, visitando os antigos amigos, vi que estava aberto aos comentários e vim logo.
O complexo de vítima me perseguiu durante anos e teve fim com o autoconhecimento.
Agora, sou responsável por mim e peço a Deus que me cuide e guarde de todo mal e de fazer o mal.
Tenha dias felizes e abençoados!
Bjm carinhoso e fraterno de paz e bem
Mais do que a inteligência, precisamos da afeição e doçura.
ResponderExcluir(Charles Chaplin)
Feliz Páscoa, querida amiga Vera!
Bjm carinhoso e pascal