A pele se arrepia com o calor de um abraço e com a intensidade do contato do corpo com outro corpo. Contudo, muitas vezes o frio das ausências, das dificuldades e das incertezas pode nos queimar, nos afogar e nos esgotar. Às vezes, não temos a possibilidade de receber esses abraços que tanto reconfortam e resistir fica mais difícil.
Então, em meio a essa desmerecida solidão, é preciso conseguir ver que os lampejos da nossa valentia são os que iluminam o nosso caminho, que podemos abraçar a nós mesmos e que, de fato, isso é preciso e extraordinariamente benéfico. Portanto, em vez de dizer que não temos forças para seguir é preciso mimar a si mesmo, abraçar as próprias fragilidades, se fortalecer, se adaptar, apesar do esgotamento, mobilizar o nosso caminhar e se preparar para a batalha.
Só assim, abraçando a nós mesmos, conseguiremos ancorar as nossas vidas aos nossos sonhos. Vale lembrar as lindas palavras de Mario Benedetti:
"Não se renda, ainda há tempo de alcançar e começar de novo,
aceitar as suas sombras, enterrar os seus medos,
liberar o lastro, retomar o voo.
Não se renda porque a vida é isso,
continuar a viagem, perseguir seus sonhos,
destravar o tempo, tirar os escombros
e descobrir o céu.
Não se renda, por favor não ceda,
mesmo que o frio queime, mesmo que o medo morda,
mesmo que o sol se esconda e que o vento se cale.
Ainda há fogo na sua alma, ainda há vida nos seus sonhos..."
(http://amenteemaravilhosa.com.br)
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