Um homem contou que em sua infância, no campo, encontrou, certa vez, uma tartaruga fluvial. Quando ele começou a examiná-la, a tartaruga encolheu a cabeça e seus membros, fechando-se no casco. O menino, descontente com a atitude da tartaruga, pegou algo e tentou abrir o casco para fazê-la sair.
Seu tio, observando o menino, disse:
_"Não, esta não é a maneira correta! Você poderá matá-la e não conseguirá abri-la".
O tio pegou a tartaruga e levou-a para dentro de casa, colocando-a no chão, junto à lareira. Poucos minutos se passaram e o lugar tornou-se aquecido. Então a tartaruga colocou a cabeça para fora e, a seguir, os pés, começando a rastejar.
_"As tartarugas fluviais são assim", disse o tio, "e as pessoas também. Você não pode forçá-las a nada. Mas, se você primeiro lhes aquecer com alguma atitude generosa, provavelmente elas farão o que você deseja que façam".
Como estamos lidando com as pessoas que nos cercam?
Estamos sempre querendo impor nossa vontade?
Estamos exigindo que sejam iguais a nós?
Estamos esperando que nos agradem em tudo?
O que lhes temos oferecido?
Antipatia?
Rispidez?
Mau-humor?
Arrogância?
Ou entendemos que cabe a nós demonstrar humildade, carinho, solidariedade, tolerância, respeito, compreensão?
A melhor atitude em qualquer relacionamento é o amor. Ele abre portas, ilumina o caminho, derruba obstáculos, faz uma criança sorrir, perfuma os cômodos de uma casa, une os casais, desvia os filhos do vício, dissipa toda treva e até estimula uma pequena tartaruga.
Se queremos um mundo melhor, se queremos a nossa família unida, se queremos ser verdadeiramente felizes, aqueçamos os nossos dias com atitudes de autêntico amor.
(Paulo Roberto Barbosa).