Muitos pensam que o oposto do amor é o ódio, quando na verdade o ódio é apenas o amor adoecido.
Uma pessoa que odeia cria vínculos com o ser que é objeto de seu ódio. Envenena sua alma diuturnamente, em doses homeopáticas. Vive preso a uma armadilha criada por ele mesmo e da qual só conseguirá escapar através do perdão. Por isso costumamos dizer que o perdão é libertador.
Já o medo, esse sim poderíamos considerar com oposto do amor.
A primeira ideia que nos vem sobre o que seria contrário ao medo é a coragem. No entanto, o corajoso não é aquele que não tem medo, mas sim aquele que prossegue apesar do medo, que não se permite paralisar e dessa forma enfrenta seus monstros.
O amor nos traz certezas, confiança e fortalece nossa fé. Aquece nosso peito e nos enche de esperança. Dilui as sombras do medo e das inseguranças.
Falo do amor de forma abrangente, sem cobranças, sem paixões e exigências. Amor puro, simples e incondicional. Aquele amor que não espera nada, pois se basta. Amor pela vida e por toda a existência. Ele é forte e por isso enfrenta toda sorte de injustiças, maledicências e negatividades.
Se fizermos uma retrospectiva talvez percebamos que todas as nossas vitórias, todas as vezes nos levantamos de nossas quedas, o fizemos por amor. Amor pelos nossos queridos, amor por nós mesmos, pela nossa dignidade e até mesmo por nossa existência.
O medo habita o fundo do poço e o amor é a luz que nos mostra a saída.
Em meio a tantas armadilhas que nos cercam e permeiam nosso caminho, precisamos estar atentos e preservar nossa merecida liberdade, nosso maior tesouro. E nossa maior proteção, a armadura contra as emboscadas, está no amor que espalhamos a cada passo da jornada.
Então, espalhe amor e tenha uma vida plena, cheia de propósito e muita... liberdade.
(Cláudia Vilas Boas).