Tenho aprendido que quem tem muitos talentos nem sempre se apercebe disto e, não raro, é bastante humilde. Paradoxalmente, tenho encontrado pessoas medíocres que, na ausência de talentos, valem-se da astúcia.
Tenho aprendido que razão e sentimento precisam caminhar juntos. A razão, destituída de sentimento, é uma frieza cortante. O sentimento, destituído da razão, torna a pessoa perigosamente vulnerável.
Tenho aprendido que, quem vem pregar insistentemente a própria religião ou filosofia para você sem nem querer saber o que você pensa, dá sinais claros de radicalismo e ignorância, porquanto o jeito de cada pessoa religar-se ao Divino é absolutamente único, pessoal e intransferível.
Tenho aprendido que quando estamos tristes e quebrantados por períodos demasiadamente longos, nossa alma começa a sabotar o corpo para fugir da gaiola. Portanto, reaja sempre no sentido de não perder a alegria de viver.
Tenho aprendido que Deus gosta dos poetas, dos cientistas, dos artistas, dos músicos, dos bons pregadores, dos pacifistas, mas penso que Ele tem especial predileção pelos que sabem levar o riso e a alegria.
Tenho aprendido que, em qualquer tipo de relação, deve haver um equilíbrio entre o dar e o receber. Se fazemos muito por quem quer que seja isto fica incorporado, passa a ser obrigação e, portanto, destituído de valor. Faça o seu melhor sempre, mas induza o outro(a) a compreender a Lei da Reciprocidade.
(Parte de um texto de Fátima Irene Pinto).
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