domingo, 28 de fevereiro de 2016

OPORTUNIDADE.

                                                                (painter Vladimir Volegov)



Ofendem-me os que dizem que não voltarei,
Porque bati à tua porta e não te encontrei;
Porque todas as noites permaneço à tua porta,
E ordeno que despertes e te ergas para lutar e vencer.
Não chores pelas preciosas chances que passaram;
Não chores pela idade de ouro que se foi;
Todas as noites queimo o registro do dia;
Ao erguer do sol, todas as almas nascem de novo.
Ri como um menino aos esplendores que passaram.
Às alegrias que se esvaíram, sê surdo e mudo.
O meu julgamento sela o passado que morreu,

Mas nunca prende um momento ainda por vir.
Mesmo afundado na lama, não torças as mãos nem chores.
Dou o meu braço a todos os que dizem: “Eu posso!”
Nenhum pária algum dia caiu tão baixo
Que não pudesse erguer-se e ser um homem novamente!
Lastimas a mocidade perdida?
Hesitas em desfechar o golpe merecido?
Volta-te então dos arquivos apagados do passado,
E encontrarás as brancas páginas do futuro.
Choras por uma pessoa amada? Liberta-te da magia;
És um pecador? O pecado tem perdão;
Cada manhã te dá asas com que voar do inferno,
Cada noite uma estrela para te guiar aos céus.

(Walter Malone, “Opportunity”-
Fonte: A Lei do triunfo Napoleon Hill,  36º Edição  
Ed.José Olympio Pág. 608 e 609).

                                   Do blog "Flores e Livros",  da amiga Vivian (http://vivian-floreselivros.blogspot.com.br/).
                                   Obrigada, Vivian! 

domingo, 21 de fevereiro de 2016

A LIÇÃO DA CORRUPÇÃO.

                                   
                                                                   (Felix Mas art)

                        "Cada segundo é tempo para mudar tudo para sempre"
                                                                (Charles Chaplin)


Já nos habituamos a aliar a figura do político à corrupção.
Em nossa mente, corruptos são aqueles que apanham para si o que a outros pertence. Os que se vendem em troca de favores. Os que abrem mão de seus valores pessoais para obter vantagens, igualmente pessoais. Aqueles que abandonam os seus ideais para gozar dos prazeres que o dinheiro, o poder e a fama podem proporcionar.
O dicionário informa que corrupção é o ato de corromper, de adulterar, de alterar, subornar, estragar-se.
Se analisarmos os nossos atos, sinceramente, logo descobriremos que quase todos somos mais ou menos corruptos. Isto porque a grande corrupção que apontamos nos poderosos é a somatória das pequenas corrupções que nos permitimos todos os dias. E, quase sempre, sem nos darmos conta.
Quando na nossa profissão, atendemos primeiramente a quem nos dá uma polpuda gorjeta, em detrimento de quem estava na vez, isto se chama corrupção.
Quando vamos ao banco com a sobrinha ainda bebê ao colo, somente para gozar do privilégio de não precisar ficar na fila, como todos os demais, isto se chama corrupção.
Quando fingimos não estar vendo que o deficiente, o idoso ou a gestante estão de pé, no ônibus lotado, estamos sendo corruptos. Agindo assim, estamos burlando uma lei estabelecida, que é a de respeitar o direito de quem está adentrado em anos, padece deficiência ou carrega os quilos a mais de um bebê no ventre. Estamos indo contra todos os princípios da delicadeza e da mínima educação.

E qual é o momento exato em que abandonamos o respeito, o dever e abraçamos a corrupção?
Quase sempre o processo inicia no lar. 
Quando pedimos a nosso filho que realize uma pequena tarefa, que é seu dever, como participante da comunidade chamada família, e ele não a realiza, por preguiça ou comodismo. Então, lhe prometemos que se ele der conta do trabalho que lhe solicitamos, ganhará uma gorjeta, um passeio, a bicicleta que tanto aguarda.
Inicia quando prometemos ao nosso filho que, se ele conseguir passar para outra série, ganhará uma viagem espetacular. A viagem dos seus sonhos. Nada contra alegrar a vida do filho com a viagem, que também é cultura e lazer. Mas, nunca vincular o prêmio ao que se constitui dever. E dever que somente a ele mesmo e a mais ninguém edifica. Porque quem estuda, abandona as trevas da ignorância. Quem estuda, vai além do simples viver. Quem estuda, se aprimora e o crescimento dá felicidade a quem o conquista. Conquista que deve ser por seus próprios méritos, porque colar também é corrupção. Está enganando, ou pensa estar, a professores e ao próprio sistema escolar.

Olhemos para nós mesmos e para as nossas atitudes. Pensemos em como estamos educando os nossos filhos e nos perguntemos: 
Hoje, só hoje, eu tomei atitude de corrupto?
Hoje, só hoje, passei a meu filho a mensagem positiva da honestidade, do dever ou a facilidade da corrupção?

Hoje, só hoje, busquemos ser cidadãos dignos, corretos e exemplares.

*   *   *

O cidadão do futuro se forma no presente. Um país de justiça e liberdade se constrói com lealdade, honradez, energia e trabalho.

(Redação do Momento Espírita)


Obrigada a todos que estiverem em minha postagem anterior, celebrando comigo os cinco anos do Recanto do Sol.
Obrigada, ainda, pelas palavras de carinho e incentivo, que muito alegraram o meu coração.


quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

CINCO ANOS DO RECANTO DO SOL.




"Celebre suas vitórias , por menores que elas sejam.
Cada pequena vitória deve ser comemorada com entusiasmo e alegria.
Celebre cada descoberta que fizer por si mesmo.
Celebre cada degrau vencido.
Celebre todas as vezes que você tiver uma razão para se orgulhar".

                                             
                                   
Celebro, este mês, os cinco anos do Recanto do Sol. Ao criar este blog, em fevereiro de 2011,  não imaginei o alcance que o mesmo teria nem que pudesse ser uma experiência da qual me orgulhasse. Tenho o prazer de conviver com pessoas fantásticas. Aprendi muito e também me diverti bastante. Claro que há momentos em que penso em dar um tempo ou até mesmo em encerrar o blog, acreditando que ele já esgotou suas possibilidades. Afinal, um espaço para reflexão costuma ser repetitivo em suas abordagens, ainda que elas sejam colocadas com roupagens diferentes.

Percebo , no entanto, que muitos passam por aqui à procura de luz ou de algo que lhes possa servir de suporte ou de conforto.  E para meu prazer, há os que chegam, alegremente,  para  interagir com a dona do blog-rs.

Sou grata a todos vocês pela companhia frequente, pelos comentários afetuosos, pelas visitas que enriquecem este espaço, justificando, para mim, sua existência.  E também àqueles que passam silenciosamente, pois graças a todos pude ficar por tanto tempo na blogosfera.

Vamos tentar continuar... Não sei por quanto tempo ainda e nem em que ritmo, mas estarei  por aqui, enquanto Deus permitir.



MINHA GRATIDÃO POR TODO CARINHO AQUI RECEBIDO.




segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

A CONSCIÊNCIA DA FRAGILIDADE.



Há momentos em que, de repente, sentimos que tudo se extingue. Em instantes, os planos idealizados e uma montanha de falsas preocupações são esquecidos. Isso acontece naquelas situações-limite que nos fazem recordar a fragilidade da vida, a precariedade da nossa existência, nossa total impotência diante do imprevisível: um grave acidente sobre o qual acabamos de ser informados, a morte ou o suicídio que acabou de levar alguém querido ou uma doença que coloca subitamente contra a parede e com pouca chance de sobrevivência o ser amado. Nesse momento, nossas muitas preocupações soam estúpidas e nossas angústias e quimeras, absurdas. Então, descobrimos como é importante aproveitar cada instante que temos para estar junto daqueles que amamos, cuidando da sua saúde, demonstrando nosso afeto e nossa ternura, apoiando-os de forma construtiva. E, de maneira muito especial, é ali que descobrimos como é importante jogar fora o que não é necessário e levar conosco somente o primordial, para, de uma vez por todas, viver em paz. Muitas das nossas certezas, das quais  invariavelmente nos tornamos escravos, se desvanecem diante da fragilidade a que nos submete a proximidade ou a suspeita da morte.
Não é resignação, tampouco abandono. O abalo que sofremos pode, de repente, nos despertar. A realidade se desnuda e você tem a oportunidade de valorizar o lado sagrado da vida. Refiro-me ao que lhe dá sentido: aqueles a quem você ama e por quem se sente amado; os projetos que valem a pena.

A consciência de nossa fragilidade é extremamente poderosa, porque pode nos levar de repente à lucidez;  uma lucidez com a qual podemos tomar ciência do valor do outro, do valor da vida, do valor da terra e de como é importante estarmos unidos e manifestar nosso afeto quando as coisas não correm bem. A fragilidade nos revela o que de fato importa, aquilo que, no fim das contas, faz com que a vida valha a pena.


(Do livro "A Boa Vida", de Álex Rovira).