segunda-feira, 25 de maio de 2015

SENSIBILIDADE




Passeando hoje pelo blog da minha irmã Marilene (http://umcanto-recantodaalma.blogspot.com.br/ reli um belo poema de sua autoria e não resisti à vontade de publicá-lo aqui, eis que foca uma realidade da qual estamos carentes e que precisamos resgatar para o bem da nossa própria sanidade. Embora com outro tema agendado para publicar hoje, tal poema olhou para mim e me pediu para ser mostrado  aqui (rs), embora alguns amigos comuns já tiveram a oportunidade de apreciá-lo. Ei-lo:


                                                           SENSIBILIDADE

                                               
                      Sinto falta de uma sonora gargalhada ...

                       Por que ninguém mais ri,
                       Despudoradamente,
                       Meneando a cabeça
                       Movendo o corpo
                       Abraçando a vida?
                       Só encontro meros sorrisos,
                       Na maioria contidos,
                       Como se mostrar alegria
                       Ainda que por instantes
                       Fosse proibido

                       Sinto falta de demonstrações reais de felicidade ...

                       Por que elas apenas aparecem,
                       Falsificadas,
                       Nas redes sociais?
                       Só encontro faces fechadas
                       Pessoas apressadas
                       Como se uma pequena pausa
                       Para olhar o céu,
                       Sem qualquer véu para se cobrir,
                       Fosse perda de um precioso tempo
                       Que, certamente,
                       O relógio desconhece

                       Sinto falta de mãos entrelaçadas ...

                       Por que o toque é dispensado,
                       Os braços caminham em abandono
                       As mãos se ocupam de coisas outras
                       Esquecendo o afeto
                       Que pelas ruas não se presencia?
                       Só encontro "ficantes" desinteressados,
                       Oportunistas sem real sentimento,
                       Para os quais até a troca de olhares
                       É cansativa e dispensável
                       Pois estão presos aos modernos dispositivos
                       De equivocada comunicação

                       Sinto falta da verdadeira emoção,
                       Aquela transparente nos mínimos gestos ...
                       Da cumplicidade espontânea
                       Do carinho que ignora outros olhares,
                       De gente que se mostra
                       De gente que sente
                       E não se envergonha
                       Ao demonstrá-lo pelos quatro cantos
                       Dos espaços por onde passa

                        Sinto falta da tão ausente
                        Naturalidade ...
                        Aquela que já guiou nossos passos
                        Em outra idade,
                        Do riso franco, encantado,
                        Da magia dos antigos enamorados
                        Que em sonhos traçavam planos
                        Sem preocupação com os anos
                        Ou com a realidade,
                        E capazes de amar até a saudade.

                        Talvez sinta falta, de verdade,
                        De todas as demonstrações
                        De sensibilidade ...
                        Por que se foram?
                        Por que se esconderam?
                        Com sua fuga, deixaram em seu lugar
                        Apenas carências,  insatisfações,
                        E um céu nublado,
                        A encobrir a luz dos corações


                                                       Marilene
                
            

segunda-feira, 18 de maio de 2015

SERÁ QUE VOCÊ REALMENTE VALORIZA A SUA VIDA?




Antes do sol se por,
antes da noite derramar a sua ausência de luz,
antes mesmo de você começar a reclamar do trânsito,
da ausência de alguém, do desemprego ou da dor,
entre no silêncio da sua alma e reflita:
Será que você realmente valoriza a vida que tem?
Será que tudo o que você dispõe, e com certeza não te satisfaz,
é o motivo verdadeiro para tamanha insatisfação,
para o mau-humor que fere os que estão a sua volta?
Será que essa tua “sinceridade exagerada”, não é desamor?
Será que os teus comentários não são reflexos amargos,
da “amargura” que te seca por dentro?
Não desperdice o seu talento em coisas fúteis.
Cuide da sua aparência, mas não despreze o emocional,
envolva-se com o bem e dele faça o seu “escudo”.
Quem se preocupa com o próximo, se aproxima de Deus.
Os que andam com o bem se reconhecem,
e quando encontram o mal, não esmorecem.
Não julgam, não fazem rodinhas, trabalham.
A luz, seja ela uma pequena chama,
sempre faz o escuro parecer menos perverso,
leva um alento, uma esperança de dias melhores.

Reflita.
É tempo de esquecer um pouco o “eu”,
para ser mais “todos”.
Estamos num barco imenso chamado “Vida”,
e não dá para deixar os remos nas mãos de poucos.
Pegue o seu e comece a remar.
O seu destino é o amor!
E a sua vida só se completará,
quando aprender a dividir para somar
deixar de ser um, para servir e amar.


Paulo Roberto Gaefke


segunda-feira, 11 de maio de 2015

ESPIRITUALIDADE E HUMOR (VII).


                                                     "Cada um se alegra com a resposta que dá,
                                                             mas a palavra oportuna é a melhor."
                                                                         Provérbios 15:23




Um burro morreu em frente à igreja e uma semana depois o corpo ainda estava lá. O padre pensou: "Alguém precisa tomar uma providência."
Ligou para a prefeitura, avisando da morte do burro.
O Prefeito, só para perturbar, perguntou:
__Padre, não é sua obrigação cuidar dos mortos?
Ele respondeu:
__É, sim, mas é minha obrigação também avisar a família.




A palavra que sai de nossa boca causa efeitos, reverbera e não volta sem causar repercussão. Para nos incitar a medir o teor de nossas palavras, a Bíblia ensina que a boca só fala aquilo de que o coração está cheio. Quem fala o que não deve corre o risco de ouvir o que não quer. 
Quem não gosta de ouvir um elogio? Como é bom, gostoso e gratificante ajudar o próximo a elevar sua autoestima, a reconduzir e a renovar a sua vida. Nós temos o poder da palavra e, com ele, a possibilidade de exaltar ou de rebaixar alguém. Mas é uma graça imensurável quando utilizamos esse poder para fazer o bem sem olhar a quem.


(Rev. Aldo Quintão, em 'A graça de Deus').



segunda-feira, 4 de maio de 2015

POR QUE AS PESSOAS GRITAM?

                                                                             (Anna Zinkovsky)


Um dia, um pensador indiano fez a seguinte pergunta a seus discípulos:

- Por que as pessoas gritam quando estão aborrecidas?

- Gritamos porque perdemos a calma, disse um deles.
- Mas, por que gritar quando a outra pessoa está ao seu lado? - Questionou novamente o pensador.

- Bem, gritamos porque desejamos que a outra pessoa nos ouça, retrucou outro discípulo.
E o mestre volta a perguntar:
- Então não é possível falar-lhe em voz baixa?
Várias outras respostas surgiram, mas nenhuma convenceu o pensador. Então ele esclareceu:

- Vocês sabem porque se grita com uma pessoa quando se está aborrecido? O fato é que, quando duas pessoas estão aborrecidas, seus corações se afastam muito.

Para cobrir esta distância precisam gritar para poderem escutar-se mutuamente.
Quanto mais aborrecidas estiverem, mais forte terão que gritar para ouvir um ao outro, através da grande distância.
Por outro lado, o que sucede quando duas pessoas estão enamoradas?
Elas não gritam. Falam suavemente.
E por quê?
Porque seus corações estão muito perto.
A distância entre elas é pequena.
Às vezes estão tão próximos seus corações, que nem falam, somente sussurram.

E quando o amor é mais intenso, não necessitam sequer sussurrar, apenas se olham, e basta.
Seus corações se entendem.
É isso que acontece quando duas pessoas que se amam estão próximas.

Por fim, o pensador conclui, dizendo:
"Quando vocês discutirem, não deixem que seus corações se afastem, não digam palavras que os distanciem mais, pois chegará um dia em que a distância será tanta que não mais encontrarão o caminho de volta" 

Mahatma Gandhi .