domingo, 29 de março de 2015

LIVRE-SE DAS EXPECTATIVAS ALHEIAS.

                                   
                                                              (Victoria Stoyanova art)                                                   


                                        Uma vez que você  abandone as expectativas, você 
                                            aprendeu a viver. (Osho)




Para viver uma vida de autenticidade, é necessário, antes de tudo, libertar-se das expectativas. Aqueles que se preocupam em corresponder ao que o restante do mundo espera deles, jamais conseguirão ter paz.

Isto porque, muitas vezes, a expectativa é exatamente o oposto de sua real natureza. E eles se esforçarão durante muito tempo para seguir este manual que lhes foi imposto.

Mas como a natureza cobra o seu preço de todos aqueles que a renegam, cedo ou tarde, este falso eu se traduzirá em desequilíbrios os mais variados, sejam eles físicos ou emocionais.

Permanecer fiel à sua própria verdade é uma tarefa para poucos, pois exige coragem e, acima de tudo, uma confiança absoluta em seu guia interior. Os que ainda não alcançaram tal consciência, seguirão vivenciando uma falsa realidade, apenas para receber a aprovação externa.

Enquanto não forem capazes de assumir a responsabilidade pelo próprio destino, continuarão à espera de alguém que lhes aponte o caminho. E seja qual for a direção que tomem, nenhum deles os levará ao encontro da sua verdade. Porque ela só pode ser encontrada onde existe o destemor e a confiança.

Muitos são os que ficaram no meio do caminho e optaram por seguir a cartilha do conhecido, do seguro, do esperado. Os que ousaram traçar o próprio destino, sem se preocupar em satisfazer as expectativas alheias, pagarão muitas vezes um alto preço por sua audácia. Mas seja qual for o preço, ele compensa, e muito, o esforço despendido.







FELIZ E ABENÇOADA PÁSCOA!



sexta-feira, 20 de março de 2015

APRENDER A VIDA.



Dizem que perdoar é esquecer e eu não sei ainda onde encontrar essa borracha que apaga vivências doloridas ou curativos que cubram feridas que nunca se fecham. No meu ver, perdoar é compreender, aceitar e seguir adiante, é poder olhar nos olhos da outra pessoa novamente e, se preciso, dar a mão sem o sentimento de sacrifício. Raras são as pessoas que alcançam o dom do perdão, mas não é impossível.


Cada um de nós absorve de maneira diferente acontecimentos comuns a todos e somos incomparáveis. Por que eu vivi algo de um jeito não obriga ninguém a viver da mesma forma. Aprender a respeitar a dor alheia é respeitar a individualidade do ser humano.



Muito do que chamamos de imprevisto e coincidência é a Mão de Deus interferindo nas nossas vidas. Devemos pensar então duas vezes antes de reagir mal a algo que contraria nossos planos.  



O passar do tempo nos traz a experiência, mas a sabedoria vem de maneira diferente. Ela chega com a vivência, entendimento, compreensão e aceitação das adversidades. 



Aprender a vida é reconhecer-se aluno eterno, com as somas, diminuições e ciências do dia-a-dia. É chegar ao fim do dia e fazer planos para o dia seguinte e se preciso for, recalcular, rever, repensar e recomeçar.

Letícia Thompson

Imagens:  Pamela Colebourn art




sábado, 7 de março de 2015

COMEÇAR DE NOVO.



“Quantas vezes pensamos: Ah, se eu pudesse começar de novo, faria tudo diferente…
Começar de novo não é necessariamente começar de novo. Quando a vida lhe der uma oportunidade de recomeçar, pense novo. Às vezes, essas oportunidades chegam em forma de rupturas, mudanças dramáticas, perdas, rejeições, doenças. Às vezes, a chance se esconde no fim das grandes crises, das guinadas da sorte, das puxadas de tapete. Às vezes, só criamos coragem depois de perdermos o rumo, o chão. Na maior parte das vezes, só enxergamos com clareza quando estamos de fora.
Começar de novo, não é reiniciar, é inventar outro padrão. É preciso reconhecer os erros, os nossos e os alheios, as fraquezas, os excessos, os entraves. Começar novo é permitir-se inclusive novos enganos, erros, fragilidades mas não os mesmos.
Só quem já apanhou da vida é capaz dessa façanha: passar os planos a limpo, faxinar as porões do coração, despedir-se daquelas dores crônicas, libertar-se do passado. Quando os velhos modelos falem, os antigos códigos não dizem mais nada, o futuro imaginado desaparece e até os sonhos murcham mas a despeito de tudo você percebe saídas, diagnostica a crise, identifica as fragilidades e não se dá por vencida, nesse momento você está engendrando o novo. Não uma retomada mas uma nova história.
Só quem viveu bem suas perdas e enganos pode começar novo. Só quem conhece o peso do fracasso, da solidão e da esperança perdida pode trocar de pele, escolhas, script. Como disse o filósofo: O que não me mata, me fortalece. Alguns caminhos, erros e ideais só se percorre, comete e persegue uma vez. Muitos deles tem prazo de validade. Nossas escolhas, certezas e sonhos não são estáticos nem imexíveis; muitas vezes são eles que se mudam de nós, desistem de nós, insistir é burrice, é prolongar o desgaste.
Quando a vida lhe der uma oportunidade de recomeçar, seja generosa, diga sim, surpreenda-se e experimente ser a pessoa que você se tornou depois que enfrentou suas noites traiçoeiras, chorou suas perdas, atravessou seus desertos, matou seus leões.”
Hilda Lucas – texto publicado no site www.mdemulher.abril.com.br