quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

INFELICIDADE: PODE SER CONSIDERADA DOENÇA?


                                                          (Wladyslaw Teodor Brenda)
  

                                      “Não é a  felicidade que me interessa .O que me interessa é a vida,  é a intensidade  das 
                                                   experiências, boas e ruins. Se tiver que curtir uma dor porque morreu meu pai, ou meu
                                                   cachorro, ou me separei de alguém que amava, é para chorar mesmo, e chorar é legal,
                                                   faz parte de sentir a experiência.”- Contardo Calligaris



Problemas no trabalho, morte de um parente ou término de um relacionamento amoroso sempre levaram as pessoas a se sentirem infelizes. Contudo, nos últimos anos, os consultórios médicos têm sido tomados por pacientes com uma crescente demanda por felicidade e à procura de nomes e medicamentos para os seus problemas, como se a infelicidade fosse uma doença. (Observação feita pela Psicóloga Rita de Cássia de Araújo Almeida, que há 10 anos atua como psicóloga em Centros de Atenção Psicossocial no interior de Minas Gerais). 

"É a tal da ditadura da felicidade. Somos obrigados a ser felizes o tempo todo como se não tivéssemos mais o direito de ter tristezas e infelicidades cotidianas. Se a felicidade é um direito, a infelicidade é uma necessidade", afirma a psicóloga.

Segundo a estudante de direito e atriz Clara Romanelli : "Felicidade são pequenos momentos, que acabam tornando a vida mais leve. Por outro lado, se você não viver o luto dos momentos tristes, você não consegue passar bem por aquilo e fica remoendo aquele sentimento como se fosse um peso".


TRISTEZA TAMBÉM FAZ PARTE DO APRENDER

"As pessoas têm certa intolerância para a dor e reclamam da vida como se estivessem em um balcão de uma empresa que não prestou o serviço de forma correta. O direito à infelicidade é o direito de estar triste, com raiva, porque isso faz parte da vida e deve ser encarado como um processo de construção". (Marcelo Pimenta Marques, professor de filosofia da UFMG).


CINCO DICAS PARA APRENDER A LIDAR COM O SOFRIMENTO:

1. PARTE DA VIDA: O sofrimento faz parte da existência, não é possível ter sucesso e felicidade o tempo todo.

2. PACIÊNCIA: Tenha mais paciência com você e com as outras pessoas quando estiverem passando por algum momento difícil.

3. MENOS PRESSA: Vivemos em um mundo onde queremos sempre melhorar rápido, tratar rápido e passar pelo luto rápido, por isso, tenha menos pressa.

4. OPORTUNIDADE: Conquiste o seu direito de ter certa morosidade e lentidão nesses momentos que são de aprendizagem também. As pessoas têm perdido a oportunidade de aprender com o luto e a tristeza.

5. APRENDIZADO: Aprender talvez seja mais importante do que passar rápido por esse momento de tristeza. Aproveite para tirar lições, amadurecer e crescer.

((FONTE: Psicóloga e Psicanalista Rita de Cássia de Araújo Almeida).

(Extraído do Jornal Pampulha-BH/MG).


                                  "A  tristeza  tem  muito  a  nos  dizer,  se a causa é conhecida, é a oportunidade de buscar uma 
                                              solução e se não existe solução é o momento de aprender a lidar com a situação. A tristeza faz 
                                              parte da vida,  aproveite os momentos de tristeza,  converse com ela,  a sinta e sinta o que  ela 
                                              tem a dizer". (Bruno Rodrigues).


segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

EU SOU O ROMANCE. EU SOU MINHAS HISTÓRIAS.



                                                                  (Adriano Stein)

Nos cursos de escrita criativa, um dos principais conselhos que os aspirantes a romancista recebem é: "Escreva seu próprio romance, não o dos outros."
Com isso, o professor quer dizer que não faz sentido imitar o que os outros pensaram, sentiram ou experimentaram, pois a escrita é um ato criativo individual, como a arte de viver.
Viver é algo estritamente pessoal.
Podemos admirar pessoas que nos servem de exemplo para elaborarmos nosso próprios projetos. Podemos até discutir com elas nossas ideias e escutar seus conselhos, mas as decisões fundamentais de nossa vida apenas nós podemos tomar.
Ninguém pode percorrer o caminho em nosso lugar. 
Por isso,  assim como um escritor é as suas histórias, nós também devemos assumir o papel de roteiristas de nossa própria vida.


(Allan Percy- Kafka para sobrecarregados).



quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

DECEPÇÕES.




                                                                   (Alex)

Não somos poucos os que nos tornamos pessoas amargas, indiferentes ou frias, por causa de decepções que afirmamos ter sofrido aqui ou ali,  envolvendo outras pessoas. Tais decepções devem nos remeter a exames melhores das situações.

Decepcionarmo-nos com pessoas que estão no Mundo, sofrendo as nossas mesmas carências e tormentos não é muito real. Primeiro, porque elas não nos pediram para assinar contrato ou compromissos de infalibilidade para conosco. Segundo, porque o simples fato de elas transitarem na Terra, ao nosso lado, é o suficiente para que não as coloquemos em lugares de especial destaque, pois todas têm seu ponto frágil e até mesmo seus pontos sombrios. A nossa decepção, em realidade, é conosco mesmo, pois nos equivocamos em nossa avaliação, por precipitação ou por análise superficial.

Não menos errada a decepção que afirmamos ter com a própria religião, com a doutrina de fé cristã que está a espalhar, em toda parte, os ensinamentos deixados por Jesus Cristo para os seres de boa vontade.O que acontece é que costumamos confundir as doutrinas que ensinam o bem, o nobre, o bom com os doutrinadores que, embora falem das virtudes que devemos perseguir, conduzem as próprias existências em oposição ao que pregam. Como vemos, a decepção não é com as mensagens da Boa Nova, mas exatamente com os que conduzem a mensagem. Nesse ponto não nos esqueçamos de fazer o que ensinou Jesus: comparar os frutos com as qualidades das árvores donde eles procedem, de modo a não nos deixarmos iludir.

Avaliemos, desta forma, as nossas queixas contra pessoas e situações e veremos que temos sido os grandes responsáveis pelas desilusões do caminho. Nós mesmos é que criamos as ondas que nos decepcionam e magoam.

Precisamos aprender a conhecer cada indivíduo no nível em que se situa, não exigindo dele mais do que possa dar e apresentar, exatamente como não podemos pedir à roseira que produza violetas, que não tenha espinhos e que não despetale suas flores na violência dos ventos.


(Raul Teixeira- Do livro Revelações da Luz).


domingo, 17 de fevereiro de 2013

ENTRE A DOR E O NADA, O QUE VOCÊ PREFERE?


                                                    (Anna Razumovskaya)

Não quero defender as relações falidas e que só fazem mal, nem estou sugerindo que as pessoas insistam em sentimentos que não são correspondidos, em relacionamentos que não são recíprocos, mas quero reafirmar a minha crença sobre o quanto considero válida a coragem de recomeçar, ainda que seja a mesma relação; a coragem de continuar acreditando, sobretudo porque a dor faz parte do amor, da vida, de qualquer processo de crescimento e evolução.
Quando você se perguntar “do que adianta amar, tentar, entregar-se, dar o melhor de mim, se depois vem a dor da separação, do abandono, da ingratidão?”, pense nisso: então você prefere a segurança fria e vazia das relações rasas? Então você prefere a vida sem intensidade, os passos sem a busca, os dias sem um desejo de amor? Você prefere o nada, simplesmente para não doer?
Prefiro a tristeza da partida a nunca ter me esparramado num abraço.
Prefiro o amargo sabor do “não” a nunca ter tido coragem de sair da dúvida.
Prefiro o eco ensurdecedor da saudade a nunca ter provado o impacto de um beijo forte e apaixonado… 
Prefiro a angústia do erro a nunca ter arriscado.
Prefiro a decepção da ingratidão a nunca ter aberto meu coração.
Prefiro o medo de não ter meu amor correspondido a nunca ter amado ensandecidamente.

 Enfim, prefiro a dor, mil vezes a dor, do que o nada.
Porque você pode desistir de um caminho que não seja bom, mas nunca de caminhar.
Pode desistir de uma maneira equivocada de agir, mas nunca de ser você mesmo.
Pode desistir de um jeito falido de se relacionar, mas nunca de abrir seu coração.
Portanto, que venha o silêncio visceral que deixa cicatrizes em meu peito depois das desilusões e dos desencontros… Mas que eu nunca, jamais deixe de acreditar que daqui a pouco, depois de refeita e ainda mais predisposta a acertar, vou viver de novo, vou doer de novo e sobretudo, vou amar mais uma vez… e não somente uma pessoa, mas tudo o que for digno de ser amado!
Autora: Rosana Braga



Meu carinho a todos vocês que vieram me fazer companhia

durante estes dois anos do

Recanto do Sol.


Obrigada! 


quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

ESPIRITUALIDADE E HUMOR (III).


O MARIDO PERGUNTA À MULHER:
__ O QUE VOCÊ QUER GANHAR EM SEU ANIVERSÁRIO?
__ UM RADINHO!
__ SÓ UM RADINHO?
__ É... DESSES PEQUENININHOS QUE TÊM UM CARRO DO LADO DE FORA.



Não é o palácio, nem a mesa de madeira de lei, nem tampouco as iguarias preparadas com primor pelo melhor chef e muito menos a baixela e os talheres de prata que trarão paz de espírito e satisfação emocional. Engana-se quem vive em função do dinheiro, na busca ensandecida da prosperidade, achando que encontrará aí a resposta para seu vazio interior. Estará se aprofundando mais e mais no fosso da mediocridade. Tenha  isto sempre em mente: a felicidade independe de nível social, mas está acessível a todos os homens de fé e boa vontade. Dinheiro é consequência; felicidade é opção.


(Rev. Aldo Quintão).


sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

QUE TRISTEZA RESISTE AO CANTAR ALEGRE?





Cante, solte a voz dos pulmões. Que tristeza resiste ao cantar alegre?

Diz o provérbio “quem canta seus males espanta!”. Essas simples palavras nos remetem à seguinte reflexão: por que não cantamos quando tristes e aborrecidos? Por que deixamos as lágrimas rolarem e transformamos, às vezes, um dia ensolarado e alegre num dia escuro e triste?
Não devemos deixar o mal da tristeza ser mais forte que a doçura da alegria. Consegue, o rio, ser mais forte que o mar? Consegue, a brisa, ser mais forte que a ventania? Somos o mar, somos a ventania. Somos os mentores da nossa vida, leme a conduzir-nos a um amanhã espetacular.
Então, ao pressentir a névoa fria da tristeza inspire fundo, ensaie um grito alegre e solte-o, desafinado ou mudo... Ou então assovie, batuque na palma da mão, murmure versos improvisados...
Recuse, não vista o manto da tristeza. Ele é gélido. Se ele vestir seu corpo você vai sentir agruras sem fim. Dispa-o depressa. Troque-o pelo sentimento reconfortante da alegria. Dor, tristeza, melancolia? Ninguém merece!
Agasalhe-se no calor gostoso de uma gargalhada; se não tiver motivos, invente. Há, sim, razões para sorrir feliz, ainda que entenda que tem muitos problemas. E todos têm. Basta olhar nas ruas sob os viadutos da cidade...
Transforme seus dias em dias alegres. Quando a tristeza der sinais, afaste-a no ato com o bom pensamento e dance com alegria, ao som da sua voz, na canção mais alegre que souber!

(Inácio Dantas).



                                    PARA QUEM GOSTA DA FOLIA, DIVIRTAM-SE!
                                    PARA QUEM DESEJA DESCANSAR, APROVEITEM!
                                    ÓTIMO CARNAVAL!


                                         

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

OLHA NO TEU JARDIM.



        Olha no teu jardim as rosas entreabertas e nunca as pétalas caídas.
        Observa em teu caminho a distância vencida e nunca o que ainda falta.
        Guarda do teu olhar os brilhos de alegria e nunca as névoas de tristezas.
        Retém da tua voz risadas e canções e nunca os teus gemidos.
        Conserva em teus ouvidos as palavras de amor e nunca as de ódio.
        Grava em tua pupila o nascer das auroras e nunca os teus poentes.
        Conserva no teu rosto as linhas do sorriso e nunca os sulcos do teu pranto.
        Conta aos homens o azul das tuas primaveras e nunca as tempestades do verão.
        Guarda da tua face apenas as carícias, esquece as bofetadas.
        Conserva de teus pés os passos retos e puros, esquece os transviados.
        Guarda de tuas mãos as flores que ofertaram, esquece os espinhos que ficaram.
        De teus lábios conserva as mensagens bondosas, esquece as maldições.
        Relembra com prazer as tuas escaladas, esquece o prazer fútil das descidas.
        Relembra os dias em que fostes água limpa, esquece as horas em que foste brejo.  
        Conta e mostra as medalhas das tuas vitórias, esquece as cicatrizes das derrotas.
        Olha de frente o Sol que existe em tua vida, esquece a sombra que fica atrás.

        A flor que desabrocha é bem mais importante do que mil pétalas caídas;
        E só um olhar de amor pode levar consigo calor para aquecer muitos invernos.

        A bondade é mais forte em nós e dura muito mais do que o mal que nós 
        mesmos praticamos.

        Sê otimista e não te esqueças de que...
        É no fundo das noites sem luar que brilham muito mais as estrelas!



         (Pe. Heber Salvador de Lima, do livro "Uma Rosa me disse").