QUE EU ME PERMITA OLHAR E ESCUTAR E SONHAR MAIS.
FALAR MENOS. CHORAR MENOS.
ESCUTAR COM MEUS OUVIDOS ATENTOS E MINHA BOCA ESTÁTICA,
AS PALAVRAS QUE SE FAZEM GESTOS E OS GESTOS QUE SE FAZEM
PALAVRAS.
SABER REALIZAR OS SONHOS QUE NASCEM EM MIM E POR MIM E
COMIGO MORREM POR EU NÃO OS SABER SONHOS.
ENTÃO, QUE EU POSSA VIVER
OS SONHOS POSSÍVEIS
E OS IMPOSSÍVEIS;
AQUELES QUE MORREM E RESSUSCITAM
A CADA NOVO FRUTO,
A CADA NOVA FLOR,
A CADA NOVO CALOR,
A CADA NOVA GEADA,
A CADA NOVO DIA.
QUE EU POSSA SUBSTITUIR MINHAS PALAVRAS
PELO TOQUE,
PELO SENTIR,
PELO COMPREENDER,
PELO SEGREDO DAS COISAS MAIS RARAS,
PELA ORAÇÃO MENTAL (aquela que a alma cria e que só ela,
alma, ouve e só ela, alma, responde).
QUE EU SAIBA PERDER MEUS CAMINHOS, MAS SAIBA RECUPERAR
MEUS DESTINOS COM DIGNIDADE.
QUE EU NÃO TENHA MEDO DE NADA, PRINCIPALMENTE DE MIM
MESMO:_ QUE EU NÃO TENHA MEDO DE MEUS MEDOS
QUE EU FAÇA DE MIM UMA PESSOA SERENA DENTRO DE MINHA
PRÓPRIA TURBULÊNCIA, SÁBIO DENTRO DE MEUS LIMITES
PEQUENOS E INEXATOS, HUMILDE DIANTE DE MINHAS GRANDEZAS
TOLAS E INGÊNUAS.
PERMITA-ME RESPEITAR INCONDICIONALMENTE O SER; O SER POR
SI SÓ, POR MAIS NADA QUE POSSA TER ALÉM DE SUA ESSÊNCIA,
AUXILIAR A SOLIDÃO DE QUEM CHEGOU, RENDER-ME AO MOTIVO DE
QUEM PARTIU E ACEITAR A SAUDADE DE QUEM FICOU.
AMÉM.
(Oswaldo Begiato).