Bloqueador de Selecao

domingo, 29 de novembro de 2015

PICUINHAS.

     



Conheço muita gente que, por bagatela, orgulho ferido, ciúme, coisas assim, 
se complica.

Gente que, por ressentimento tolo, rancor, arranja grandes inimizades...
Ora, quem não for capaz de passar por cima de uma ofensa não está preparado para viver na Terra.
Somos tão imperfeitos que, até sem querermos, magoamos as pessoas!
Uma palavra ríspida, uma indelicadeza...

Quantas vezes não interpretamos por maldade o que foi mera falta de atenção da pessoa!

O nosso pensamento cria situações irreais, situações que não existem.
No fundo é amor-próprio ferido, o chamado melindre...

Nós nos sentimos humilhados por quem não nos humilhou.
Alguém que deixa de nos responder a um cumprimento, de retornar a um telefonema...

São picuinhas!
Milhares e milhares de desentendimentos têm origem em coisas banais, em mágoas que supervalorizamos. Queremos que todo o mundo concorde conosco, com a nossa maneira de ser, de pensar...

Isto é impossível!
Somos iguais, mas somos diferentes.
O homem precisa andar de espírito mais desarmado...


Chico Xavier





Que possamos ser paz no coração das pessoas e que as picuinhas sejam ignoradas pelo tamanho da insignificância que possuem.


segunda-feira, 16 de novembro de 2015

MUNDO EM GUERRA.



                                                                              (Holly Sierra art)

                                                  "Se as guerras nascem na mente dos homens,
                                                       é  na  mente  dos  homens  que  devem ser
                                                       construídos os baluartes da Paz".


Mundo em guerra, ou melhor, mundo sempre em guerra. Então, é igualmente hora de sempre falar na PAZ e de lutar por ela, sem descanso, até que seja alcançada. Um dos maiores perigos que a Humanidade atravessa é a vulgarização do sofrimento. De tanto assistir a ele pela mídia, os povos podem passar a tê-lo como uma coisa corriqueira e, pior, que não é passível de ser mudada. Eis o assassínio da tranquilidade entre as pessoas e os países quando se deixam arrastar pelo "irremediável". Ora, tudo pode ser corrigido nesta vida.
Se, pelo massacre das notícias trágicas, as famílias se acostumarem ao absurdo, este irá tomando conta de suas existências.


                                                                                (Jean Paul Avisse)
                                                                     
A guerra, antes de explodir no mundo, cresce no interior das criaturas. Sendo assim, façamos brotar na Terra a Paz que habita as almas serenas. Poético?! Certamente, mas leal, porquanto real. 

Revolução verdadeira é aquela que ergue o Espírito do Ser Humano.

            "(...) soletrai, antes de tudo, o alfabeto da Bondade (...)
              Sem as primeiras letras do Amor, nunca entenderemos o sagrado
              poema da vida". (Bezerra de Menezes).

Sem Amor, sinônimo de Caridade, não existirá jamais revolução que, em definitivo,  mude para melhor o rumo da existência planetária.

                                                   
(Do livro 'Reflexões da Alma", de Paiva Netto).


                                                           

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

OS GESTOS TAMBÉM FALAM.



Quando as palavras calam, os gestos falam.
Vivemos às vezes situações em que as palavras parecem desaparecer do nosso vocabulário. Elas ficam todas emboladas no nosso estômago, sobem até a garganta e não sabemos, não temos ideia de como colocá-las para fora. São muitas vezes quando nossos amigos mais precisam de nós. E, justamente, é aí que encontramos essa barreira. Não sabemos o que dizer, não temos explicação aceitável para o sofrimento, temos medo de falar algo que não devemos e nos quietamos.
Achamos com facilidade palavras repetidas e gastas mesmo na maioria das vezes, para expressar nossa alegria, nosso desejo de felicidade ao outro e não nos importamos se alguém já disse ou não. Pegamos emprestadas essas frases corriqueiras e fazemos delas nossa mensagem. E nossos amigos recebem isso de coração aberto, sorriso estampado, porque eles fazem também uso disso. É de praxe, é normal, é gentil, é nobre. É milhões de vezes melhor que o esquecimento.
Nossa grande dificuldade é expressar em palavras de consolo quando nós mesmos temos um coração moído pela dor de ver o sofrimento do outro e termos a consciência que não podemos fazer nada!
 Vai passar, sabemos disso, pois todas as dores passam, como passam as noites de lua e os dias de sol. Nada é estável e constante.
E queríamos tanto encontrar as palavras exatas que amenizasse o sofrimento, que trouxesse consolo imediato, que anestesiasse ou curasse de vez! E lá, nesse exato instante, as palavras morrem.
Mas eis um segredo que só os anjos conhecem: os gestos falam!
Flores falam muito. Um beijo fala. Um afago fala de voz doce e suave. Uma presença, mesmo calada, fala demais. Um abraço fala muito alto. Um olhar sincero diz tanto! Uma mão que segura outra mão fala como várias bocas e centenas de corações...
Quando as palavras se recusarem a sair de você, fale com gestos. O outro compreenderá.
Seja você o anjo calado que vai trazer um lenço e vai ficar do lado para o outro se sentir menos sozinho. Dar de si vale mais que todas as palavras do dicionário juntas. E nesses instantes, Deus se cala também. Ele se contenta, como nós, de olhar com ternura e Ele sente prazer em nós. 


Letícia Thompson


segunda-feira, 2 de novembro de 2015

NÃO IGNORE A IMPERMANÊNCIA.




Não ignore a impermanência. O que quer que pareça ser prioritário em sua vida é, na realidade, bastante temporário. Vem e vai. Nada é confiável.
Nascemos sós e nus. Conforme a nossa vida se desenrola, passamos por todas as situações possíveis: necessitar, possuir, perder, sofrer, chorar, tentar… mas depois morremos, e morremos sós. Não fará a menor diferença se fomos ricos ou pobres, conhecidos ou desconhecidos. A morte é o grande nivelador.
O nosso relacionamento com os outros é como o encontro casual de dois estranhos em um estacionamento. Olham um para o outro, sorriem e isso é tudo o que acontece entre eles. Vão embora e nunca mais se vêem. Assim é a vida – apenas um momento, um encontro, uma passagem, e depois acaba.
Se você compreender isso, não há tempo para brigas. Não há tempo para discussões. Não há tempo para mágoas mútuas. Quer pense nisso em termos de humanidade, nações, comunidades ou indivíduos, não sobre tempo para mais nada a não ser apreciar verdadeiramente a breve interação que temos uns com os outros.
Em um sentido mundano, é melhor nos sentirmos satisfeitos e apreciarmos aquilo que já temos. O tempo é muito precioso. Não espere até estar morrendo para compreender a sua natureza espiritual.
Pense no sofrimento dos outros e gere compaixão. 
Reduza o apego e a aversão. 
Pratique o bom coração em relação a todos os seres. 
Seja amoroso e compassivo, não importa o que os outros façam. 

Essa é a verdadeira espiritualidade. 
(Do Livro “Vida e morte no budismo tibetano”, por Chagdud Tulku Rinpoche).

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...