Bloqueador de Selecao

segunda-feira, 27 de abril de 2015

PERFECCIONISMO.

                                                                            (Arunas Rutkus)


Se você deseja sinceramente cumprir com suas responsabilidades da melhor forma possível, previna-se contra o perfeccionismo.

A mania de perfeição é algo mais presente nas atitudes humanas do que se possa imaginar.

Quando você não consegue executar a conduta ideal, o perfeccionismo te chama de falso.

Quando não atinge as expectativas em relação ao seu ganho material, o perfeccionismo te nomeia de acomodado.

Se você se descuida do dever e esquece uma obrigação, o perfeccionismo te aprisiona na culpa.

Quando você fere alguém ou deprecia algo pela palavra, o perfeccionismo te acusa de caluniador.

Se algo acontece de ruim em relação aos seus laços familiares, o perfeccionismo te recrimina com o rótulo de irresponsável.

O perfeccionismo é uma doença da alma, que quer ser quem não foi preparada para ser, ou que quer ser quem os outros querem que ela seja.

Faça o melhor sempre e aceite sua condição, seu limite, sua imperfeição.

Perante os erros, assuma sua parcela real de responsabilidade, perdoe-se por ter feito da forma como fez e considere o futuro como um convite esperançoso de que amanhã fará mais e melhor tudo aquilo que hoje não conseguiu.



(Wanderley Oliveira, pelo espírito Ermance Dufaux).



domingo, 19 de abril de 2015

"ONDE NÃO PUDERES AMAR NÃO TE DEMORES".


                                                                               (Gordon King art)
Deparei-me com a crônica abaixo quando pesquisava sobre a autoria da frase "Onde não puderes amar não te demores". Estava visitando o blog da amiga Fê blue bird (sotepeco5minutos.blogspot.com.br), onde ela havia postado a respeito, ressaltando que não tinha certeza quanto à autoria de dita frase, ora atribuída ao poeta e escritor brasileiro Augusto Branco e ora à pintora mexicana Frida Kahlo. Segundo Graça Taguti, autora da referida crônica, tal frase é de autoria  de Augusto Branco.
Então, resolvi partilhar, aqui, alguns fragmentos da linda crônica. Quem ainda não a conhece e desejar lê-la na íntegra basta acessar o link www.revistabula.com/3372-onde-nao-puderes-amar-nao-te-demores/.

                                       "ONDE NÃO PUDERES AMAR NÃO TE DEMORES"

Sai, corre logo. Afasta-te das ventanias cruéis que ameaçam revirar-te a vida e os sonhos pelo avesso. Aqueles pedaços de histórias rotas e cerzidas, atiradas no cesto de roupas de sorrir — e que já usaste tantas vezes em festas enxovalhadas. Foge das tempestades. Das estradas sem rumo. Das folhas ressequidas, espalhadas em terrenos áridos e desconexos.
Rejeita os lábios que não beijam mais e dos quais escorre apenas amargura, fel e impropérios. Sim. Tranca a porta, os ouvidos, a sensatez e vira as costas sem remorsos para tudo o que te causa mal e tristezas. Teus dias pinta-os com aquarelas leves e doces, mescladas a tons pastel. 
As horas não devem ser transformadas inexoravelmente em cinzas, quem te disse? Embora saibamos que se trata de horas mortas, inertes em relógios de parede enferrujados pelo cansaço. Relógios, cujos ponteiros foram derretidos pelos vastos incêndios que se apossaram silentes da tua alma atônita.
Há esconderijos disponíveis para cultivar a paz. Um sentimento que parece ter escorrido pelas vielas de tempos imorredouros. Olha e te surpreende, pois há linhas de seda para tricotar novas promessas de amores leves, já nascidos com asas. Amores azuis que flertam com a presença suprema da liberdade.
Foge também de quem tiver o aperto de mão indiferente e áspero, os sorrisos ausentes no rosto exausto de mentiras, o nariz empinado de arrogâncias vãs.
Despreza indivíduos sem ouvidos, concentrados em lamber unicamente a própria fala. Àqueles aficionados em solilóquios, em discursos sem eco, voltados regiamente para o próprio espelho das vaidades, adornado pelo gigantismo do ego.
Alheia-te também de quem perdeu os braços de abraçar. Esqueceu-se de abrir as janelas para as visitas das alvoradas e lacrou os sentidos para os cantos felizes dos pássaros matutinos.

Não te esqueças de cerrar as cortinas do coração para os que desprezam a luz, as cirandas e as crianças. Os que chutam por tédio pequeninos animais órfãos, perdidos a esmo nas ruas.
Recusa, de imediato, namoro insípido, porque não há sal que dê jeito em afetos falidos.
Outro alerta: desanda a correr da inveja, do escárnio, do ódio fantasiado de gentilezas em oferta. Todas elas por R$9,99. Este pacote de desmazelos se acumula no enfado e no desamor de lojas vazias. A maldade ronda a vizinhança, se intromete em eclipses, passeia com os pés descalços em imensos desertos brancos.
Mas lá tu não irás, temos certeza, pois falta amor — teu coração já anunciou. Além disso, felizmente também contas com os afáveis sussurros da natureza, que entremeiam tuas histórias e caminhos, sempre rodeados de ideais e de esperanças.

(Por Graça Taguti).

segunda-feira, 6 de abril de 2015

A VIDA NÃO É UM MAR DE ROSAS.



                                                                "Não queira que sua vida neste mundo 
                                                                      seja um mar de rosas.
                                                                 Quer queiramos quer não, sempre
                                                               aparecem coisas na vida de todos nós
                                                             que são como nuvens escondendo o sol."



A vida não é um mar de rosas. E não é mesmo. Mas que as infelicidades e infortúnios não se sobreponham às alegrias e conquistas.
Viver é uma sucessão de erros e acertos, por vezes um tanto sem sentido, embora sempre oportunos para o nosso próprio conhecimento. Não precisamos entender o porquê da vida, nos basta viver inteiramente, querer plenamente, ser completamente. É inadmissível deixar que o espinho de uma flor destrua a beleza de todas as outras. Tristezas existem, sim, para serem curadas e adormecidas com doses de amor, abraço apertado de amigo e uma porção de sorrisos. Outros verões surgirão para aquecer a casa e o coração da gente.
Há tantas pessoas lutando, se agarrando a um fio de esperança, um raio de luz que lhes dê a possibilidade de ver o sol nascer mais um dia, enquanto outros se fazem sobreviver numa existência miserável de pesares, mazelas e revoltas. Estão de mal com o mundo, de costas para qualquer possibilidade de receber amor, afastados de toda oportunidade de ser um bocado feliz, nem que seja por um momento. 
Não existe mudança sem movimento. Portanto, se algo incomodar o melhor é tomar uma atitude, virar a mesa, quebrar a banca. Problemas existem para serem resolvidos e superados, não para que se tornem companheiros inseparáveis, atrelados numa dependência existencial.
Sejamos firmes para aguentar as pancadas que nos derrubam ao chão e confiantes de que sairemos mais fortalecidos depois de cada batalha. Mostremos a nossa cara e nossas cicatrizes sem medo ou vergonha do que já fomos, mas com muito orgulho do que nos tornamos. Sejamos inteiros de amor, completos e repletos de fé e esperança, acreditados no bem, na verdade, na igualdade e na gentileza. Não percamos a nossa coragem de seguir adiante nem a determinação de ser feliz, sempre, apesar de tudo e acima de qualquer razão.
(Karen Curi).

                                        
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