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segunda-feira, 24 de novembro de 2014

OUÇA A VIDA.



Muitas pessoas se veem em grande dificuldade quando se trata de ouvir a voz da vida. E isto é perfeitamente compreensível, pois aprendemos que somos nós quem devemos direcionar nosso destino, fazer acontecer o que desejamos.

Esta é uma grande ilusão a qual fomos todos condicionados. Por mais que atuemos, quando algo não acontece, isto significa que é hora de parar e refletir sobre o real significado da palavra confiar.

Por melhores que sejam nossas intenções, é necessário que nosso propósito se harmonize com o propósito da existência, e por mais que isto nos desagrade, às vezes eles são diametralmente opostos.

Revoltar-se, indignar-se, frustrar-se, amargurar-se, reações naturais do ego, são, entretanto, atitudes inúteis. Elas de nada adiantarão, visto que a vida não se preocupa em realizar nossos desejos e expectativas. Ela segue seu próprio ritmo. Imagine se a vida fosse adaptar-se ao desejo individual de cada ser humano a cada momento.

Esta realidade precisa ser plenamente introjetada, para que nos libertemos da dor. Aceitar o que a existência nos trouxer, seja o que for, é o segredo para viver em paz, em um estado de plena serenidade.

O segredo é manter nosso propósito ali, no coração, sem se preocupar se ou quando ele será realizado. Apenas confiar na existência e deixar que ela faça a sua parte. Se de fato, aquilo a que estamos aspirando é essencial para nos levar ao encontro de nossa verdadeira essência, nada precisaremos fazer.
No momento certo, a vida nos encaminhará na direção daquilo que almejávamos, geralmente sem qualquer esforço, pois as condições serão colocadas em nosso caminho de forma mágica. 

Mas este é um aprendizado que exige paciência, perseverança, e acima de tudo, confiança. Esperar alegremente, relaxadamente, é o que faz a diferença.
Se o que desejamos não vier, é porque não era esse o propósito da existência para nós. E se estivermos dispostos a seguir com ela, certamente seremos conduzidos a um novo caminho.

Elizabeth Cavalcante



segunda-feira, 17 de novembro de 2014

QUEM DISSE?


                                                                            (Sonia Verdu art)


Quem foi que disse que a vida é só flores?
Quem foi que falou que seria só felicidade?
Quem deixou em você essa impressão de luzes eternas?
Quem foi que afirmou que amar é só alegria e paz?
Onde foi que você viu uma estrada sem subidas ou descidas?
O mar é feito só de calmaria?
As rosas não tem mais espinhos?
Será que os leões viraram bichos de estimação?
Não acredite em facilidades, mas não se deixe levar só pelas dificuldades, elas também são passageiras, são provas que duram o tempo exato do seu amadurecimento.
O tempo do orgulho ceder, da ilusão se render, do seu coração se suavizar, de você aprender o que é amar, de valorizar o seu melhor, de trabalhar seus defeitos, descobrir a beleza da vida, que é um grande renascer, um recomeçar diário, um livro em branco para escrever, partitura vazia para uma obra prima, um velho piano para tocar uma nova canção, canção de vida, canção de amor, canção de reencontro.
É tempo de viver você, tempo de colocar mais amor em tudo.
A vida é isso, viver cada dia como se fosse o último, especial e único, com a alegria que é o fruto da nossa insistência na felicidade.


 Paulo Roberto Gaefke



segunda-feira, 10 de novembro de 2014

COISAS DO AMOR.


                                                                   (Wedding Photografy)


Às vezes o amor toma conta da gente sem pedir licença. Chega devagarinho, muitas vezes disfarçado, invade e pronto: se instala! 
O difícil no amor, uma vez instalado, é dar continuidade a ele, fazê-lo durar, ir além das descobertas do verdadeiro eu de cada um, tão bem disfarçado durante o tempo de conhecimento. 
O amor, a princípio, nos dá essa ideia de eternidade, do ninguém mais me fará tão feliz e do não saberei viver sem você. E não raras vezes descobrimos que essa eternidade é muito curta,  porque o amor não soube ir além, não soube guardar-se da dura realidade de cada um, do dia-a-dia que tortura com suas dificuldades.
É fácil amar para sempre quando tudo é bonito, cheio de promessas, mas amar quando as dificuldades chegam, quando é preciso tirar a cabeça das nuvens e colocar os pés no chão e os problemas arrebatam o sono e os desejos, isso sim é difícil.
Amar e dar continuidade ao amor, é dar as mãos a ele, abraçar mais quando é de força que precisamos, compreender por dois quando o outro parece mais frágil, estar do lado, estender o braço, redobrar as forças, o carinho, a afeição e segurar a mesma tábua para atravessar as águas turbulentas.
O amor, para que cresça, continue, permaneça, pede apenas um pouco de compreensão e exige de cada um a humildade do saber-se não perfeito e amar o outro ainda mais quando as nuvens encobrirem o céu dos dois.
O verdadeiro amor exige acima de tudo o dar as mãos, o estreitar cada vez mais os laços do coração.
Com ele vivemos; sem ele, apenas passamos pela vida.

Letícia Thompson
(Robert Sauber illustrateur)

Conforme palavras de Zíbia Gasparetto, "condicionamos o amor às nossas necessidades neuróticas e acabamos com ele. Vivemos uma vida tentando fazer com que os outros se responsabilizem pelas nossas necessidades enquanto nós nos abandonamos irresponsavelmente. Queremos ser amados e não nos amamos, queremos ser compreendidos e não nos compreendemos, queremos o apoio dos outros e não damos o nosso a eles. Quando nos abandonamos, queremos achar alguém que venha a preencher o buraco que nós cavamos. A insatisfação, o vazio interior se transformam na busca contínua de novos relacionamentos, cujos resultados frustrantes se repetirão. Cada um é o único responsável pelas suas próprias necessidades. Só quem se ama pode encontrar em sua vida Um Amor de Verdade".



São assim as coisas do amor.
                                                  


segunda-feira, 3 de novembro de 2014

ESPERAR NÃO É PRECISO. VIVER É PRECISO!



    
Não temos a certeza do amanhã existir e se estaremos aqui, caso ele exista.  Porém, acabamos sempre deixando decisões, gestos, atitudes para amanhã, para depois...
Temos um dia de cada vez, mas sempre teimamos em contar com os dias seguintes para iniciarmos a transformação, a mudança, o primeiro passo rumo a tudo isso.

Muitos de nós acabamos deixando o tempo passar e não expressamos o real sentimento que temos por aqueles que nos cercam, sejam eles nossos pais, nossos filhos, nossos amigos.

Somos rápidos em entoar mantras, preces e orações, mas deixamos sempre pra depois o entendimento deles, pois falar, orar, vibrar, verbal ou mentalmente, nos consola.
Mas, devemos lembrar, que tudo isso nada vale, se não estiver lá dentro do nosso coração, passando, antes, pelo crivo do discernimento e da razão.
Quantas preces foram verbalizadas, quantos mantras entoados, enquanto os nossos pensamentos estavam distantes e o nosso coração endurecido, petrificado, sem sentir o que se fazia?

Lamentamos, a todo instante, que nossa vida é curta, que o tempo passa muito rápido, e que as tarefas são muitas e os fardos são pesados. Mas acabamos agindo sempre como se a vida fosse inesgotável, e que as tarefas podem ser deixadas pra depois, que os fardos não são nossos, achando, assim, que enganamos algo ou alguém. Realmente. Enganamos a nós mesmos.
Às vezes, postergamos a oportunidade de sermos generosos, autênticos, esquecendo que, de repente, quando formos, poderá ser tarde demais, e a espontaneidade ter ido embora.

Deixamos sempre para depois o ato do perdão, do reconhecimento, e preferimos ficar com os ódios e os rancores dentro de nós, por tempos, para um dia, quem sabe, poder perdoar e se livrar do peso.
Daí, esse ato poderá ser tardio, e os sintomas difíceis de serem resolvidos. Como se o ódio e o rancor fossem semelhantes ao vinho, que, ao longo dos anos, melhora em tonéis de carvalho. Ledo engano.

Deveríamos parar de esperar, lembrando que quem espera se cansa, não alcança, e que o tempo é o agora, a oportunidade é essa, e que fugir de nada auxiliará na jornada evolutiva atual.




- Fernando Golfar -



domingo, 2 de novembro de 2014

AOS QUE SE FORAM...




                                 
Não sei a qual deles mais me liguei
Nem de qual deles tenho mais saudade.
Convicto estou de que os encontrarei
Nas Dimensões da Espiritualidade!

............................................................

A fé largou no passado meu pranto,
A lembrança, porém, de mim não sai...
Deus meu, como eu ainda sinto tanto
A falta de minha mãe e meu pai...


(Ógui Lourenço Mauri).



APENAS UMA HOMENAGEM AOS MEUS FALECIDOS PAIS. 
MEU PAI JÁ SE FOI HÁ MUITO TEMPO, MAS A DESPEDIDA DE MINHA MÃE É RECENTE (QUATRO MESES) E SERÁ A PRIMEIRA VEZ QUE VISITAREI SEU TÚMULO NESSE DIA DE FINADOS. 
QUE ELES ESTEJAM JUNTOS E FELIZES EM SUA NOVA MORADA!


Até amanhã, se Deus quiser, com nova postagem.





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