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segunda-feira, 29 de setembro de 2014

SEM MEDO DE SER FELIZ.






Não faça isso, faça aquilo, deixa isso, experimenta aquilo,
cuidado com aquele, atenção naquele.
Todos os dias nos deparamos com avisos desse tipo,
seja em mensagens que circulam por ai, seja no convívio com amigos e familiares.
Conselhos e mais conselhos, que se fossem todos seguidos,
paralisaria o mundo, porque uns dizem vá! outros dizem: fique!
Dentro de cada um de nós existem sentimentos
que bem combinados, permitem as boas escolhas, sem a dependência
de outras pessoas; o medo, por exemplo, evita que atravessemos
a avenida movimentada, de olhos fechados ou sem procurar um semáforo,
 ou a melhor hora;
a esperança permite que façamos esforços maiores em busca de um sonho,
 que muita gente não consegue ver;
o orgulho, bem dosado, é ótimo para fazer com que
não desistamos facilmente diante das dificuldades;
 a fé nos leva a dar passos largos e confiantes que quase sempre
resultam no sucesso;
o amor permite que possamos avançar sem causar problemas
 para os nossos semelhantes.
O amor equilibra nossos atos.
Então, seja qual for a sua situação neste momento,
sua dúvida mais cruel, permita que o medo seja sufocado pela esperança,
 que a fé seja renovada pelo sonho de ser feliz.
Que o orgulho de ser um ser único o torne especial
e que o amor vença as barreiras que nós mesmos criamos,
às vezes cegos pela nossa ignorância das leis da vida.
Que possamos aprender a seguir o verdadeiro caminho
que nos leva à felicidade que nos espera sempre
que optamos por viver a vida intensamente, sem medo de ser feliz.


(Texto de Paulo Roberto Gaefke)



segunda-feira, 22 de setembro de 2014

DELICADEZA.



                                           "Os mais lindos bordados da vida são feitos com os fios de                                                                                                      delicadeza... "- Ana Jácomo -



Delicadeza deveria de ser algo natural, ainda que, muitas vezes, por estar envolvidos com as nossas preocupações diárias, acabamos por nos distrair dela. Gentileza não nos rouba tempo e reflete a delicadeza que mora em nosso ser. Um cumprimento, acompanhado de um sorriso, faz a alegria de quem o recebe. E tenho que, em cadeia, os indivíduos acabam levando esse comportamento adiante. Delicadeza não é apenas uma palavra bonita. É atitude que aquece o espírito e alegra o dia de todos nós.



"Delicadeza é a palavra mais bonita que conheço. Delicadeza no gesto, no olhar, no toque, no sentir, no agir. Delicadeza dançando solta na boca. E na vida." 

(Clarissa Corrêa)



Eu gosto de delicadeza. Seja nos gestos, nas palavras, nas ações, no jeito de olhar, no dia-a-dia e até no que não é dito com palavras, mas fica no ar... 

(Manoel Bandeira)




"Eu coleciono delicadezas. Guardo sorrisos, palavras, gestos, abraços, afagos. Todas essas pequenezas que iluminam o coração da gente. Todas essas lindezas que nos acariciam a alma. E trago-as sempre bem guardadas, num baú de coisas lindas que eu chamo de coração." 

(Monalisa Macedo)



"Aprendi que minhas delicadezas nem sempre são suficientes para despertar a suavidade alheia, e, mesmo assim, insisto."
(Caio Fernando Abreu).



                                                                   ESPALHE DELICADEZA.
                                                                  O MUNDO AGRADECE...


Imagens:Pati Bannister art.



segunda-feira, 15 de setembro de 2014

UM NOVO TEMPO.


                                                                    (Dima Dmitriev art)


Está chegando um novo tempo.

Um tempo de recolher as folhas secas do coração, soprar as poeiras da indiferença, tristeza e desânimo e sentir a chegada de brotos de renovo e esperança.

Tempo de abrir as janelas para que flechas de luz acertem alvos de sensibilidade, ânimo e amor bem dentro do coração.

Nas palavras de Drummond, "O tempo é todo vestido de amor e tempo de amar".

Já se pode sentir o cheiro de nascentes cristalinas verdejando a erva no campo.

Até os trigais maduros dançam sob o olho do sol (que está mais brilhante), comemorando a aproximação de um novo tempo de colheita abundante.

A efemeridade do tempo já terminou de vestir os ipês. Já desfilaram os roxos, os amarelos e os rosas, os brancos já anunciam a paz vindoura.

Em breve os pássaros se porão alegres a voar ao sabor do vento, ensinando que o mesmo vento pode encher balões multicores com sonhos dentro de quem se deixar seduzir pela nova estação. A vida ganhará mais leveza, beleza...

Sedutoras borboletas ensinarão que só quem aceita as mudanças que vêm de dentro é que se tornam mais belos e admiráveis.

As flores embelezarão o mundo: margaridas, tulipas, gardênias, éricas, astromélias, estrelícias e orquídeas  sorrirão um hálito perfumado para o Criador, agradecendo pela genial ideia dele ter criado um jardim, no Édem.

Por isso, vista sua roupa mais leve! Mulher, orne os cabelos com uma fita de cetim! Homem, fixe um botão de rosa na lapela do paletó! Ambos, vivam intensamente a dádiva desse novo tempo!

Que tempo é esse? É a chegada da primavera no hemisfério sul.

Alguém dirá: "tolice! Nada de mais, todos os anos as estações se repetem". Para quem pensa assim, com a palavra Manuel de Barros: "Repetir repetir - até ficar diferente".


                                                                 

(Crônica de Moacir Willmondes).

Se você gostou e deseja conhecer um pouco mais da bela escrita do autor, visite seu blog :
http://entrelinhasdowill.blogspot.com.br.  Você também poderá encontrá-lo no
RECOMENDO.

                                              


                                                          FELIZ PRIMAVERA!




segunda-feira, 8 de setembro de 2014

AS DORES ACABAM.




É incrível, mas um dia toda dor acaba. É como acordar sem febre depois de noites de agonia. Você se pergunta, distraída: “Onde está a dor que eu deixei aqui?” Foi embora, de repente, sem ser notada, sem alarde. Um dia você percebe que alguma coisa parou de doer. Um dia você entende que não precisa mais daquela dor. Um dia você sente preguiça de sofrer e tem vontade de alongar a alma, estendê-la ao sol.
As dores acabam porque a vida é maior e mais teimosa.
Quando se está no olho do furacão, no fundo do abismo, velando um ente amado, rolando na cama vazia, a dor parece eterna, presença maciça, definitiva, que tudo ocupa e devasta. Ela fica ali, sentada no sofá, servindo-se do jantar, pulsando na outra metade do leito, rondando sua intimidade, compartilhando sua rotina. Lê seus livros, vai ao cinema com você, amiga íntima, inseparável. Torna-se familiar, corriqueira. Essencial. Reverenciada.
Quando se está em dor, a frase que mais se ouve é: “Vai passar... Nada como um dia após o outro”. Ou então “o tempo cura tudo!” Naquela hora, tudo soa ridículo, leviano, estúpido. Dá vontade de gritar, numa espécie de arrogância e vaidade às avessas: “Você não conhece a minha dor. A minha dor é a maior do mundo e nunca vai passar!”
Cuidado! A dor é aderente. Não se apegue demais, não se deixe seduzir. As sombras não protegem, apenas escondem. Não se aprisiona a dor sem tornar-se prisioneiro dela. A dor pode virar um vício. Uma grande justificativa. Uma explicação respeitável. O inferno consentido. Um destino e não um caminho. O tumor alimentado com diligência. O veneno tomado solenemente.
A dor que não é doença tem prazo de validade. Cumpre um ciclo. É percurso, mal necessário, remédio amargo. Expurgo. Esconjuro. Depuração. Quando ela acaba deixa um vazio, um descampado que será aos poucos inundado pela sua alma alargada, reintegrada que se espalhará como maré alta e tudo contemplará.
As grandes dores parecem inesgotáveis, insaciáveis. Mas mesmo as dores indizíveis, aquelas das perdas impronunciáveis, as dores abissais que contrariam as leis da vida, mesmo essas um dia passam. Param de fisgar, de sangrar. Cansam, aquietam. Libertam-se de nós e viram cicatrizes, marcas, tatuagens.

É comovente e belo trazer no corpo e na alma as marcas das dores bem vividas. Nada mais natural que fazer as pazes com nossas dores. Deixá-las partir sem medo. Lembrá-las sem sobressaltos. Reconhecê-las. Afinal, “nós também somos o que perdemos”.


(Hilda Luca)


segunda-feira, 1 de setembro de 2014

MENSAGEM DO HOMEM TRISTE.




Passaste por mim com simpatia, mas quando me viste os olhos parados, indagaste em silêncio porque vagueio na rua. Talvez por isso diminuíste o passo e, embora quisesse chamar, a palavra esmoreceu-me na boca. É possível que tenhas suposto que desisti do trabalho, no entanto, ainda hoje, bati em vão, de oficina em oficina.
Muitos disseram que ultrapassei a idade para ganhar o meu pão, como se a natureza do corpo fosse condenação de inutilidade, e outros, desconhecendo que vendi minha roupa melhor para aliviar a esposa doente, despiram-me apressados, acreditando-me vagabundo sem profissão.
Não sei se notaste quando o guarda me arrancou da contemplação da vitrine, a gritar-me palavras duras, na qual se eu fosse vulgar malfeitor … ladrão até, porém, que nem de leve me passou pela mente a idéia do furto; apenas admirava os bolos expostos, recordando os filhinhos a me abraçarem com fome, retornando à casa.
Ignoro se observaste as pessoas que me dirigiam gracejos, imaginando-me embriagado, porque eu tremesse encostado ao poste; afastaram-se todas, com manifesto desprezo, contudo, não tive coragem de explicar-lhes que eu não tomo qualquer alimento, há três dias.
A ti, porém, que me fitaste sem medo, ouso rogar apoio e cooperação.
Agradeço a dádiva que me entendas, no entanto, acima de tudo, em nome do Cristo que dizemos amar, peço me restituas a esperança, a fim de que eu possa honrar, com alegria, o dom de viver.
Para isso, basta que te aproximes de mim, sem asco, para que eu saiba, apesar de todo o meu infortúnio, que ainda sou teu irmão.
(Chico Xavier).

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